A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença clonal da célula progenitora hematopoética, caracterizada pela presença do cromossomo Filadélfia, produto da translocação t(9;22) (q34;p11), gerando o gene BCR-ABL. Esses eventos traduzem-se clinica e laboratorialmente por hiperplasia mieloide, leucocitose, neutrofilia, basofilia e esplenomegalia. Há uma prevalência maior de diagnóstico no sexo masculino e entre a quinta e sexta década de vida. Tendo como tratamento padrão os Inibidores da Tirosina Quinase (TKIs). No relato exposto realizou-se o diagnóstico de LMC em uma paciente do sexo feminino, gestante, de 38 anos. A.E.R.C, 38 anos, previamente hígida, no primeiro trimestre de gestação, encaminhada ao serviço de hematologia por anemia, leucocitose, com desvio escalonado, sem alteração plaquetária; e esplenomegalia de grande monta. Relatou queixas de fadiga, estufamento pós prandial e sintomas dispépticos. Realizou diagnóstico através de Aspirado de Medula Óssea, com presença de mieloproliferação crônica com predomínio de granulócitos, citogenética com 100% Cromossomo Filadélfia Positivo e biologia molecular mostrando gene BCR-ABL p210 positivo. Os TKIs são contraindicados durante a gestação. A paciente iniciou tratamento a partir da 13ª semana de gestação com alfa-Interferon (IFN) 3.000.000 UI via subcutânea (SC) 3 vezes por semana, considerado seguro para uso durante a gravidez, em associação com Hidroxiureia a partir da 16ª semana. Devido a ausência de efeitos colaterais da medicação a dose de IFN foi aumentada, no 2° trimestre, para 5.000.000 UI SC diariamente, exceto nos sábados e domingos, por questões sociais, devido a paciente residir distante do centro de tratamento e responsável pela filha com transtorno depressivo, optou-se pela realização do tratamento 5 vezes na semana. A paciente está, atualmente no 3° trimestre da gestação, com boa resposta clínica e laboratorial, sem prejuízo no seguimento gestacional. Tal exposto corrobora com a literatura, visto que em publicações recentes, como relatório multicêntrico, elucidaram melhor a segurança e efetividade do tratamento da LMC durante a gestação com uso de IFN, sem comprometimento do desenvolvimento embrionário.
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