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Vol. 44. Issue S2.
Pages S162-S163 (October 2022)
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Vol. 44. Issue S2.
Pages S162-S163 (October 2022)
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LEUCEMIA PRÓ-MIELOCÍTICA AGUDA. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, LABORATORIAIS E SOBREVIDA DOS PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE HEMATOLOGIA DO CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA
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GMR Gonçalves, IV Rosani, MG Cliquet, VD Poggetto, VHTR Silva, CAC Vieira, RB Guimarães, GA Miguel, JA Rena, JR Assis
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivo

Avaliar estatisticamente as características clínicas e laboratoriais, tipo de tratamento e complicações dos pacientes diagnosticados com Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) no Serviço de Hematologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), assim como a sobrevida global, através da curva de Kaplan-Meier.

Material e método

Foram avaliados os mielogramas realizados entre 2016 e 2020 dos pacientes do serviço de hematologia do CHS, selecionados aqueles com diagnóstico de Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e avaliados os resultados de imunofenotipagem e cariótipo para identificar as LPAs. Após essa identificação, foram avaliados os respectivos prontuários sob autorização obtida via Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O estudo consistiu de uma análise retrospectiva e descritiva com análise quantitativa e qualitativa dos dados.

Resultados

Foi observada uma frequência de 16,25% (13/80) de pacientes com LPA em relação às LMAs diagnosticadas entre os anos de 2016 e 2020. A idade dos pacientes variou de 20 a 56 anos, com mediana de 36 anos. Dos 13 pacientes com LPA, 4 (30,74%) apresentaram remissão da doença, 3 (20,07%) permanecem em tratamento e 6 (46,15%) evoluíram para óbito. A sobrevida variou de 0,06 a 72 meses, com média de 18,11 meses e mediana de 20 meses. O tratamento utilizado em 100% dos pacientes do serviço foi associação de ATRA e Daunorrubicina. Quanto às complicações do tratamento, a Síndrome do ATRA esteve presente em 57,14% dos pacientes, sendo essa a mais frequente. Foram observadas outras complicações como edema agudo de pulmão (42,85%), neutropenia febril (42,85%), sangramentos (42,85%) e pneumonia (14,28%).

Discussão

A LPA faz parte de um grupo de doenças hematopoéticas em que há um bloqueio na maturação de células da linhagem mieloide no estágio promielocítico (M3), resultando em uma insuficiência medular. Ela corresponde, segundo a literatura, a 20-25% das LMAs. A frequência observada no atual estudo foi abaixo da esperada, totalizando em 16,25%. Quanto às manifestações laboratoriais, a LPA tem como característica principal a presença de pancitopenia, achado encontrado em 84,61% dos pacientes estudados. As manifestações clínicas mais relevantes são as hemorrágicas, incluindo petéquias, sangramentos gengivais e gastrointestinais. Estas estavam presentes em 85,71% dos pacientes, corroborando com a literatura. Em relação ao tratamento, é preconizado o uso de ATRA em associação a ATO, associados à taxa de remissão de até 80%. Os pacientes do estudo fizeram uso de ATRA + Daunorrubicina, sendo que 23,07% permanecem em tratamento e 30,76% encontram-se em remissão sem tratamento. O desfecho encontrado foi inferior ao descrito em literatura.

Conclusão

A frequência de LPA no ambulatório de Hematologia do CHS foi de 16,25% em relação a todos os pacientes diagnosticados com LMA no serviço. Todos os pacientes tiveram seu diagnóstico antes dos 60 anos de idade, com uso de ATRA como principal tratamento. A sobrevida variou de 0,06 a 72 meses e com esses dados foi possível elaborar a curva de Kaplan-Meier.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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