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Vol. 42. Issue S2.
Pages 155-156 (November 2020)
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IMPACTO ECONÔMICO DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA NA PERSPECTIVA DO SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR DO BRASIL
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E. Ribeiroa, A.P.A. Buenob, E.S. Moreirab, L.F. Yoshidab, R. Picolib, L. Saturninoa, R. Solera
a Astellas Farma Brasil, São Paulo, SP, Brasil
b Kantar Health Brasil, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é um câncer raro que acomete predominantemente adultos com maior risco em indivíduos acima de 60 anos. No Brasil, foram registrados 6.837 óbitos por leucemia em 2015 e estima-se que em 2020 o país deverá ter cerca de 10.810 novos casos. Apesar da sua gravidade, não há dados do impacto da LMA no Brasil, sobretudo na perspectiva do Sistema de Saúde Suplementar (SSS). Objetivo: Mensurar e descrever o custo para o manejo de pacientes com LMA na perspectiva do SSS. Método: O custeio compreendeu as etapas de identificação, mensuração e valoração. A identificação utilizou referências da literatura médica científica, como diretrizes do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Para mensuração foi realizada entrevista com médico hematologista e enfermeira auditora, ambos com experiência no SSS. Para valoração foram utilizados dados da SIMPRO 2020, CBHPM 2016 e CMED PF 18%. Foram considerados custos médicos diretos reembolsados pela SSS como internação com ou sem UTI, visitas ambulatoriais e de emergência, exames clínicos e de imagem, tratamento padrão intra-hospitalar, transfusões e serviços de cuidados paliativos. Não foram considerados custos de tratamento fora do ambiente hospitalar. Os custos foram mensurados considerando pacientes que sobrevivem livres de evento (SLE) e pós evento, independentemente de realização de Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH). Para o regime de baixa intensidade do paciente SLE, considerou-se tratamento ambulatorial com uma transfusão de plaquetas e hemácias no primeiro mês e uma consulta médica especializada no segundo. Já para aqueles que necessitam do regime de alta intensidade, considerou-se que 30% dos pacientes internam em UTI. No estado pós evento, foram considerados 3 meses de cuidado ambulatorial e uma internação hospitalar. Resultados: O custo médio para o diagnóstico da LMA foi R$ 5.930. Em relação aos recursos, conforme premissas definidas no método para cada regime, o custo para baixa intensidade foi de R$ 10.562 enquanto para alta intensidade foi de R$ 85.142, sendo R$ 71.023 devido à internação hospitalar e R$ 14.119 para internação em UTI. O custo médio total para manejo da LMA, incluindo o custo de final de vida, foi de R$ 112.049 para regime de baixa intensidade e de R$ 186.629 para o de alta intensidade. O custo médio por mês do manejo pós evento (recidiva, progressão ou falha no tratamento) foi de R$ 10.470 para manejo ambulatorial e de R$ 22.451 para intra-hospitalar. O custo do TCTH variou entre R$ 241.536 e R$ 1.247.640 para pacientes de baixo e alto risco, respectivamente. Discussão: A LMA gera alto impacto no SSS por exigir uso intensivo de cuidados e hospitalizações. Observou-se diferença quanto ao uso de recursos entre os regimes, uma vez que o ciclo de alta intensidade chega a ser quase 10 vezes mais caro que o de baixa intensidade, gerando um custo médio total de quase o dobro do valor entre eles. Além disso, quanto menor o risco do paciente para TCTH, menor o seu custo. Conclusões: Em função do alto impacto econômico do manejo da LMA, focar em tratamentos que reduzem a ocorrência de hospitalização, que são capazes de manter o paciente controlado e em baixo risco e aumentem a qualidade de vida são fatores fundamentais a serem considerados no processo de tomada de decisão. Financiamento: Este estudo foi patrocinado pela Astellas Farma Brasil.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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