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Vol. 43. Issue S1.
Pages S375-S376 (October 2021)
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Pages S375-S376 (October 2021)
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HEMOVIGILÂNCIA E A BUSCA CONTÍNUA POR MELHORIAS
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KT Pires, P Guimarães, B Monteiro
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia (GSH), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Objetivo

Ampliar as ações de hemovigilância na população transfundida em unidade de hospitalar de alta complexidade no município do Rio de Janeiro a fim de garantir maior rastreabilidade de possíveis eventos adversos.

Material e métodos

Realizado levantamento do percentual de pacientes transfundidos e submetidos a hemovigilância por busca ativa de reações transfusionais em hospital privado de alta complexidade localizado na zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados e analisados em dois períodos distintos: de fevereiro a outubro de 2020 (período 1) e de novembro de 2020 a julho de 2021 (período 2). Após o período 1, foi instituído um ciclo de melhoria e os dados foram reavaliados no período 2.

Resultados

Durante o período 1, o serviço de Hemoterapia, recebeu 2.075 requisições e foram transfundidos um total de 8.175 hemocomponentes em 547 pacientes. Desses atendimentos foi realizado busca ativa em 1.913, ou seja 92% dos atendimentos. Dos 162 atendimentos não rastreados, 115 (71%) referiram-se a pacientes que foram transferidos ou receberam alta hospitalar antes de completar 24:00h da transfusão. Os demais, não avaliados foram por óbitos não relacionados a transfusão que ocorreram antes de completar 24:00h da transfusão. No período 2, o serviço de Hemoterapia recebeu um total de 2.165 requisições e foram transfundidos 7.698 hemocomponentes em 610 pacientes. Desses atendimentos conseguimos realizar a busca ativa em 2.078, ou seja, em 96% dos atendimentos. Vale ressaltar que 104 atendimentos foram rastreados através de ligações telefônicas, pois os pacientes receberam alta ou foram transferidos em menos de 24:00h da transfusão. Caso, não tivéssemos implementado o ciclo de melhoria (contato telefônico), o número de atendimentos rastreados seria de 1.974 (104 atendimentos a menos) gerando um índice de busca ativa nesse período de 91%; ou seja, a performance seria 5% menor. Vale ressaltar que dos 87 atendimentos, em que não foram realizados busca ativa, 44 foram óbitos não relacionados a transfusão e 43 foram pacientes que foram transferidos ou receberam alta antes de 24:00h e que não conseguimos realizar o contato telefônico (ausência de número de contato no cadastro, ou ligações não atendidas).

Discussão

Evidenciamos que, a observação do percentual de atendimentos não contemplados com a busca ativa por reações transfusionais, nos alertou da possibilidade de elaborar um ciclo de melhorias com foco na extensão de hemovigilância para essa população. A execução da ação proposta (contato telefônico) possibilitou uma melhora de 5% na performance, com ampliação do número de atendimentos monitorados para eventos adversos. A identificação de eventos adversos e de fatores determinantes para a sua ocorrência são fundamentais para a garantia da segurança do paciente, assim como para implementação de ações de melhorias e barreiras que assegurem um ato transfusional seguro. Apesar de não termos identificado a ocorrência de eventos adversos em nenhum dos atendimentos rastreados por contato telefônico durante o período 2, acreditamos que a melhora de performance de rastreabilidade agrega benefícios diretos e indiretos aos pacientes atendidos e ao serviço de Hemoterapia.

Conclusão

A hemovigilância do receptor, é definida como um conjunto de ações que visam disponibilizar informações acerca de eventos adversos relacionados a transfusão de sangue; com o intuito de promover melhorias na segurança do paciente. Concluímos que processos para ampliação de índice de busca ativa de eventos adversos devem ser implementados como ferramentas de gestão de qualidade e rastreabilidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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