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Vol. 43. Issue S1.
Pages S389-S390 (October 2021)
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Vol. 43. Issue S1.
Pages S389-S390 (October 2021)
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ESTUDO MULTICÊNTRICO DA PREVALÊNCIA DE MARCADORES VIRAIS PRÉ-TRANSFUSIONAIS
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FC Vieira, CG Andrade, MC Moraes, LFF Dalmazzo, SD Vieira
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia – Grupo GSH, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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As hepatites e infecções virais têm grande importância para a saúde pública e para o indivíduo, pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas. Divergem quanto às formas de transmissão, sendo que o grupo das hepatites B e C possui diversos mecanismos como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, alicates de manicure), piercing, tatuagens, instrumentos usados para uso de drogas injetáveis. De 1999 a 2019, foram notificados no Sinan (Sist. de Inform. de Agravos de Notificação) 673.389 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 247.890 (36,8%) são referentes aos casos de hepatite B e 253.307 (37,6%) aos de hepatite C. Em relação ao HIV, cerca de 1,8 milhão de pessoas são infectadas a cada ano no mundo. Em 2017, quase 37 mil pessoas viviam com o vírus, e 940 mil morreram por causas relacionadas à AIDS. No Brasil, são 40 mil novos casos por ano, ou seja, um a cada 15 minutos.

Objetivo

Analisar o impacto e o perfil sorológico na realização dos testes para marcadores virais (hepatite B, C e HIV) na rotina pré transfusional de pacientes internados.

Métodos

Levantamento retrospectivo entre o período de 2015 a 2019, em 9 instituições hospitalares de diversas especialidades em São Paulo. Junto à coleta de amostras para realização de testes pré-transfusionais, foi coletada amostra para realização dos marcadores sorológicos para HBsAg, anti-HCV e anti-HIV, cuja metodologia utilizada foi o teste de Elisa.

Resultados

Foram realizados 12.163 marcadores virais para HBsAg e anti-HCV e 4.745 para anti-HIV. Foram 267 pacientes que apresentaram alguma sorologia reativa, sendo que um apresentou mais de um marcador sorológico. A taxa de prevalência foi de 0,9% para HBsAg, 1,5% para anti-HCV e 0,77% para anti-HIV. A idade média foi de 63 anos, excluíndo os recém-nascidos (de 0 a 4 meses), com predomínio do sexo masculino (68%). Em relação ao HBsAg, 86 sorologias positivas foram amostras de recém-nascidos com provável positividade por vacina materna. A informação do diagnóstico prévio de sorologia reagente desses pacientes é desconhecida. Todos os resultados foram informados para os médicos responsáveis pelos pacientes e para e equipe de SCIH (Controle de infecções hospitalares) dos Hospitais, como forma de monitoramento e controle de cada caso.

Conclusão

A identificação de pacientes hospitalizados apresentando uma determinada sorologia reagente à marcadores virais antes da realização das transfusões prescritas é de extrema importância, pois desencadeia uma série de intervenções precoces como o tratamento específico dessa patologia, na redução da potencial exposição dessa infecção nos colaboradores e profissionais envolvidos no seu atendimento/cuidado, na redução da responsabilidade médico-legal e no programa de hemovigilância sanitária.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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