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Vol. 44. Issue S2.
Pages S25-S26 (October 2022)
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ERGOTIONEÍNA COMO TERAPIA ANTIOXIDANTE: MECANISMOS CELULARES DE ADAPTAÇÃO REDOX EM CÉLULAS ERITROLEUCÊMICAS K562
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VS Bernardoa, FF Torresa, ACA Zucãoa, DGH Silvaa,b
a Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), São José do Rio Preto, SP, Brasil
b Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Três Lagoas, MS, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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O presente trabalho teve como objetivo avaliar o papel potencial que a ergotioneína (ERT), um antioxidante natural com uma ampla gama de propriedades citoprotetoras e mitigadoras de doenças, desempenha nos mecanismos de adaptação eritroide ao avaliar os níveis de expressão de vários genes associados às vias de sinalização redox MST1-FoxO3 e Keap1-Nrf2-ARE, utilizando células K562 induzidas à diferenciação eritroide como modelo experimental. Para tanto, foram avaliados a viabilidade celular por azul de Tripan e os níveis de transcritos dos fatores de transcrição FoxO3 e Nrf2, seus moduladores (MST1, KEAP1 e YWHAQ), bem como de importantes antioxidantes (SOD1, CAT, TRX, PRDX1 e PRDX2) envolvidos na adaptação redox por qRT-PCR. O estudo contou com três amostras pseudoreplicadas acompanhadas durante cinco dias de diferenciação celular, com avaliações em três períodos do processo de diferenciação: antes do início (D0), no início (D2) e final da diferenciação (D4); divididas nos seguintes grupos experimentais: células eritroides sem indução de estresse oxidativo e tratamento antioxidante (Referência); células sob indução de estresse com peróxido de hidrogênio (100 μM H2O2); células tratadas com 1 nM (C1) e com 100 μM (C2) de ERT; por fim, dois conjuntos de células tratados com as mesmas concentrações de ERT associados com a indução do estresse (C1 + H2O2 e C2 + H2O2, respectivamente). Análises univariadas foram realizadas utilizando General Linear Models (GLM) no formato ANOVA two-ways, seguido de post hoc de Bonferroni e, como alternativa multivariada de análise de grau de associação, foi adotada a análise de General Regression Model (GRM) com desenho de regressão, ambas considerando p < 0,05 como estatisticamente significativo. Dentre os resultados obtidos, destaca-se que o tratamento C1 promoveu a indução de FOXO3 (D0 e 2), enquanto em C2 houve uma redução dos níveis desse transcrito no início do processo de diferenciação, se mantendo baixa até o final do experimento. C1+ H2O2 apresentou os níveis mais altos de transcritos de NRF2, KEAP1 (D0) e YWHAQ (D2 e 4); já o tratamento C2+ H2O2 (D2) observou-se aumento de FOXO3 e MST1, com diminuição de YWHAQ e NRF2. As análises multivariadas de grau de associação entre os níveis de transcritos dos genes das enzimas antioxidantes, destacaram que a via Keap1-Nrf2-ARE apresentou maior contribuição com o padrão de expressão dos RNAm da PRDX1, SOD1 e CAT, enquanto a via MST1-FOXO3 parece estar mais associada com os transcritos de PRDX2 e TRX, em células eritroides K562. Estes resultados permitem a proposição de um mecanismo regulatório no qual a ERT modula a resposta adaptativa ao estresse oxidativo em células eritroide de forma período e dose-dependente. Assim, conclui-se que ERT apresentou uma ação citoprotetora em células eritroides K562, através da ativação dos fatores de transcrição FoxO3 e Nrf2, sendo que a via de sinalização redox Nrf2-ARE mostrou-se como a principal envolvida na homeostase redox, enquanto a via MST1-FoxO3 parece estar envolvida tanto na homeostase redox quanto na proliferação e diferenciação eritroide.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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