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Vol. 44. Issue S2.
Pages S591-S592 (October 2022)
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CATETER VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM PACIENTES COM DOENÇAS HEMATOLÓGICAS: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL DE ENSINO NO BRASIL
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ABD Santosa, APG Vieiraa, BKL Duartea, ET Andradea, ER Lucaa, PS Urquisaa, DFDS Alvesb
a Hospital de Clínicas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
b Faculdade de Enfermagem, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Descrever a experiência de um hospital de ensino com a utilização do cateter venoso central de inserção periférica em pacientes com doenças hematológicas.

Material e Métodos

Estudo observacional, descritivo, conduzido em um hospital de ensino, de atendimento quaternário no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Os dados foram coletados por meio de consulta a base de dados de pacientes adultos, com idade superior a 18 anos e doenças hematológicas, que utilizaram o cateter venoso central de inserção periférica para a terapia intravenosa. As variáveis incluíram sexo, idade, tipo de cateter, número de lúmens, sítio de inserção e veia selecionada para punção, número de punções, método de inserção, motivo de indicação do cateter e taxa de sucesso na inserção. Os resultados foram apresentados de acordo com a frequência absoluta (n) e relativa (%). Os dados de identificação dos pacientes foram anonimizados para a análise descritiva.

Resultados

No período de 25 de dezembro de 2017 a 13 de julho de 2022, foram inseridos 124 cateteres venosos centrais de inserção periférica em pacientes com doenças hematológicas. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (n = 66, 53,2%), na faixa etária dos 31 aos 60 anos (n=79, 63,7%), com diagnósticos de leucemia mielóide, linfoma e mielomas múltiplo. A principal indicação para o uso do cateter venoso central de inserção periférica foi para a administração de quimioterápicos e medicamentos vesicantes (n = 93, 75,0%), seguida por antibioticoterapia prolongada (n = 21, 16,9%), nutrição parenteral (n = 8, 6,4%) e falência da rede venosa periférica superficial (n = 2, 1,6%). Os dispositivos foram inseridos, em sua maioria, em membro superior direito (n = 77, 60,6%), sendo 97,4% (n = 75) deles na veia basílica. A técnica de seldinger modificada (TSM) e a punção assistida por ultrassom foi utilizada em 72,6% (n = 90) dos procedimentos, os demais procedimentos foram realizados com a TSM e punção guiada com ultrassom. Em relação aos cateteres utilizados, a maioria tinha calibre 5Fr e duplo lúmen (n = 87, 70,2%). A taxa de sucesso na inserção, independente do número de punções, foi de 100%.

Discussão

Os resultados demonstraram que o cateter de PICC pode ser um dispositivo de escolha para pacientes hematológicos que serão submetidos a terapia intravenosa com quimioterápicos, drogas vesicantes, antibioticoterapia prolongada e com falência de acesso venoso periférico. A tecnologia do ultrassom para avaliação do calibre, profundidade da veia, diâmetro do cateter e a punção assistida ou guiada pelo equipamento de imagem foi fundamental para alcançar a taxa de 100% de sucesso na inserção do PICC.

Conclusão

As tecnologias utilizadas para a inserção do dispositivo de acesso venoso central de inserção periférica, demonstraram que o PICC pode ser um cateter de escolha para o tratamento de pacientes hematológicos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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