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Vol. 44. Issue S2.
Pages S202-S203 (October 2022)
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CASO CLÍNICO DE SMD RELACIONADA A QUIMIOTERAPIA PRÉVIA COM INDEPENDÊNCIA TRANSFUSIONAL APÓS TERAPIA DE SUPORTE ASSOCIADA A ELTROMBOPAGUE OLAMINA
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LZ Caputo, DAG Eguez, AP Graça, LLM Perobelli’, MJFS Junior
Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini - Hospital Brigadeiro, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivo

Relatar um caso de SMD após tratamento quimioterápico, conforme previsto na atual classificação OMS, com alterações no cariótipo e remissão dos clones linfoides, surgimento de citopenias, tratamento e recuperação com independência transfusional. ECLS, 69, F, natural de SP, admitida em nosso serviço em Janeiro de 2019, com perda ponderal maio que 10Kg, febre e sudorese noturna, apresentou o perfil imuno histoquímico associado aos achados morfológicos compatível com o diagnóstico de DLGCB: CD20+;CD3 -; KI67+, BCL-2+,CD5+,PAX5+,CD15-;CD3-, CD10-,MUM1+, perfil de células ativadas (CD5+) EC IV B (Infiltração medular) e múltiplas linfonodomegalias supra e infra-abdominais, cariótipo 46,XX[20]. Iniciou-se o 1º tratamento RCHOP por 6 ciclos em 22/05/19 e o 6ºciclo em 16/09/19. Após término do tratamento, foi feito PETSCAN (31/01/20) que demonstrou manutenção de doença em atividade e nova biopsia ganglionar, revelou-se a presença de Linfoma Linfocítico de Pequenas Células B neste momento realizou-se também o estudo citogenético o qual revelou 46,XX[20]. Como paciente não possuía comorbidades dignas de nota e protocolo disponível era baseado em quimioimunoterapia, a paciente recebeu 5 ciclos do protocolo de quimioterapia FCR, o 1ºciclo de FCR foi realizado em 18/02/20 e 5ºciclo de FCR em 06/07/20. A paciente não pôde receber o 6ºciclo deste protocolo por ter evoluído com neutropenia e plaquetopenia Grau IV. Após fim do tratamento, paciente mantinha-se em resposta completa e assintomática em relação ao Linfoma Linfocítico de Pequenas Células B, porém, a pancitopenia se tornou prolongada. Paciente seguiu acompanhada em ambulatório, foram realizadas investigações medulares, cariótipo normal, exames laboratoriais, transfusões de plaquetas e hemácias e início ao tratamento de suporte com alfaepoetina e filgrastima, semanalmente, resultando na melhora dos índices de anemia e da neutropenia. Realizou-se PETSCAN (20/10/21): alterações osteodegenerativas na coluna vertebral, mas não observadas áreas de aumento anormal do metabolismo que possam sugerir doença linfoproliferativa em atividade. Como paciente mantinha citopenias, principalmente neutropenia, foi iniciada terapia com eltrombopague olamina) na dose de 50mg como melhora das citopenias e foi possível atingir a independência transfusional. Maio de 2022 realizou-se novo caríotipo que revelou alteração clonal em 25% das metáfases analisadas: 46,XX,der(5)del(5)(q31)t(5;7)(q31;q22)[5]/46,XX[15].

Conclusão

A SMD após agentes alquilantes e análogos da purina é uma situação muito conhecida em amplamente descrita na literatura médica. Nesta descrição de caso clínico foi possível verificar essa complicação após constarmos a presença de dois clones de neoplasia linfoproliferatia, apesar de terem tido excelente quimiossensibilidade, foram capazes de ocasiona danos ao DNA e alterações citogenéticas típicas para SMD. Agonistas da trombopoietina constituem uma classe de fármacos já com sabida resposta satisfatótia a condições autoimunes, tais como a púrpura trombocitopênica idiopática e a para anemia aplásica em pacientes não elegíveis ao TMO alogênico. Neste caso específico, a paciente chegou a apresentar neutropenia grave e plaquetopenia severa e, hoje, já está independente do ponto de vista transfusional apesar de não ter tido resposta hematológica completa. Em relação ao cariótipo sugere-se repetir o exame oportunamente para acompanhar remissão do clone ou surgimento de novos clones e melhor direcionamento da abordagem terapêutica.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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