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Vol. 44. Issue S2.
Pages S406 (October 2022)
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AVALIAÇÃO LABORATORIAL DAS TRANSFUSÕES DE HEMOCOMPONENTES EM PACIENTES PORTADORES DE MIELOMA MÚLTIPLO SUBMETIDOS À TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MEDULA ÓSSEA: ESTUDO DE 14 CASOS
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F Akil, KBL Buratta, LFF Dalmazzo, TG Alencar
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia - Grupo GSH, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivo

O mieloma múltiplo (MM) é uma doença maligna de células plasmáticas incurável. O transplante de células-tronco hematopoéticas faz parte da estratégia terapêutica para a maioria dos pacientes. Foram analisados 14 pacientes portadores de Mieloma Múltiplo submetidos ao transplante autólogo de medula óssea entre janeiro de 2018 e julho de 2022 em hospital atendido pelo Grupo GSH na cidade do Rio de Janeiro e necessidade transfusional antes e após a enxertia.

Material e métodos

Realizado estudo observacional, descritivo dirigido às transfusões de hemocomponentes, desde o momento da coleta até o momento da alta hospitalar, que coincidiu com a independência das transfusões. A avaliação laboratorial de rotina dos pacientes ofereceu subsídio adequado, junto com a clínica, para indicação transfusional. O tempo de recuperação da função hematopoiética da medula transplantada foi similar ao descrito na literatura. O levantamento dos dados foi realizado através do Sistema Realblood e do prontuário eletrônico da unidade hospitalar (MedView). A análise dos resultados foi realizada pela estatística descritiva, e estes dados foram trabalhados em planilhas do software Microsoft Excel.

Resultados

De abril de 2019 a julho de 2022 foram realizados 14 transplantes de medula óssea autólogos que tiveram como indicação o Mieloma Múltiplo. As células utilizadas foram células progenitoras hematopoiéticas periféricas (CPHP) obtidas por coleta por aférese com a OPTIA, de acesso venoso central. Quanto à coleta, 9 pacientes (64,29%) não apresentaram intercorrências, 4 (28,57%) relataram parestesia em um único sítio, 1 (7,14%) relatou parestesia em mais de um sítio e 1 (7,14%) apresentou vômitos. Todas as intercorrências responderam à terapêutica instituída sem prejuízo à coleta. Nota-se discreto predomínio do sexo masculino, sendo 57,14% homens e 42,86% mulheres, com idade média de 57,8 anos para homens e 60,8 anos para mulheres. O gatilho transfusional utilizado foi hemoglobina < 8 g/dl e plaquetas < 20.000, com exceção para os casos sintomáticos de anemia e/ou sinais de sangramento. Os concentrados de hemácias foram fenotipados para Rh/Kell e irradiados, assim como as plaquetas transfundidas. No período entre a infusão e a enxertia, a contagem de plaquetas variou de 3.000 a 18.000/mm3, com média transfusional de 2 concentrados de plaquetas por aférese (CPAD)/paciente. A hemoglobina variou de 6,8 à 7,3 g/dl com média transfusional de 2,5 concentrados de hemácias/paciente. No momento da enxertia, a hemoglobina média foi 8,84 g/dl e 21.400 plaquetas. Da enxertia até a alta hospitalar, 8 pacientes (57,14%) não necessitaram transfusão, 1 (7,14%) transfundiu concentrado de hemácias e 5 (35,71%) transfundiram concentrado de plaquetas. A recuperação medular ocorreu em 10,5 dias, em média.

Discussão

Houve discreto predomínio do sexo masculino e a idade média foi de 59,85. A coleta de CPHP por aférese se mostrou um procedimento seguro visto que não houve interrupção da coleta por intercorrências. O hemocomponente mais transfundidos, tanto no período pré quanto pós-enxertia foi o CPAD.

Conclusão

Os resultados foram semelhantes aos da literatura mundial, reforçando o fato de que o TCTH autólogo é fundamental na estratégia terapêutica contra o Mieloma Múltiplo.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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