Journal Information
Vol. 46. Issue S4.
HEMO 2024
Pages S756-S757 (October 2024)
Vol. 46. Issue S4.
HEMO 2024
Pages S756-S757 (October 2024)
Full text access
AVALIAÇÃO DO VOTO DE AUTOEXCLUSÃO NA DOAÇÃO DE SANGUE E CORRELAÇÃO COM RESULTADOS SOROLÓGICOS
Visits
313
MG Cliqueta, MPM Paviaa, MCBT Paccolaa, AJP Cortezb, E Corassinib, FG Brandãob
a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), Sorocaba, SP, Brasil
b Associação Beneficente de Coleta de Sangue (COLSAN), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 46. Issue S4

HEMO 2024

More info
Objetivos

Identificar e avaliar a frequência de doadores que se autoexcluiram, comparar porcentuais de testes sorológicos positivos entre doadores que se autoexcluiram e que não se autoexcluiram.

Material e métodos

Coletados dados do sistema informatizado dos Hemonúcleos/Postos de Coleta da COLSAN, da capital (Ermelino Matarazzo, Tatuapé, Campo Limpo e Vergueiro), de outros municípios do interior do estado (Sorocaba e Jundiaí), Santos, e dos postos da região do ABC (Mauá, Santo Andre - H. Mário Covas, São Caetano e São Bernardo do Campo). Foram utilizados para análise, os dados do período de janeiro de 2023 a janeiro de 2024. As análises comparativas foram feitas utilizando-se o teste do qui-quadrado, considerando-se valores menores ou iguais a 0,05 como com significancia estatística.

Resultados

Foram computadas 730 autoexclusões de um total de 180.300 doadores. Levando-se em conta os valores totais (todos os postos de coleta) obtidos na pesquisa, foram encontradas positividades sorológicas em 4,38% dentre os doadores que se autoexcluiram (32 de 730) e 1,90% dentre os que não se autoexcluíram (3.426 de 179.570). Dividindo entre postos da cidade de São Paulo (capital) e demais cidades do estudo, no primeiro grupo dos valores totais, a positividade se deu em 5,26% dos doadores que se autoexcluiram (9 de 171) e 2,26% dos que não se autoexcluiram (803 de 35.789); e do segundo grupo, essa positividade se deu em 4,11% nos que se autoexcluiram e 1,83% nos que não se autoexcluiram. Estes valores apresentaram significância estatística (p ≤ 0,05). Considerando avaliação sobre cada sorologia específica, em comparação com os doadores que não se autoexcluiram, encontramos maior porcentagem de positividade sorológica naqueles que se autoexcluiram para sífilis, HIV e Nat HIV com significância estatística (p ≤ 0,05). Na divisão entre cidade de São Paulo e demais cidades, observamos: no primeiro grupo, a relação de sorologias positivas com significância estatística se deu para Sífilis, Chagas, HIV e Nat HIV; e no segundo grupo Sífilis, Nat HIV e anti-HBC.

Discussão

O voto de autoexclusão foi implementado no processo de doação de sangue, ao final da entrevista e de modo confidencial, a fim de aumentar a segurança do processo transfusional, em que o doador pode indicar alguma inadequação que faça do seu sangue maior risco de contaminação por infecções que, eventualmente, poderiam passar sem ser identificados por conta da janela imunológica. Observamos que os dados sorológicos coletados neste estudo foram superiores naqueles que se autoexcluiram, tanto em valores totais quanto em diversas sorologias específicas. Isso vai ao encontro com o objetivo da implementação da autoexclusão no processo da coleta de sangue, corroborando para a segurança do processo ao impedir a doação e possível contaminação com agentes infecciosos.

Conclusão

A autoexclusão, instituída para aprimoramento da segurança no processo de doação de sangue, mostra-se importante e eficiente.

Full text is only available in PDF
Download PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools