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Vol. 44. Issue S2.
Pages S440-S441 (October 2022)
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APLICAÇÃO DE CHECKLIST COM DUPLA CHECAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM AGÊNCIA TRANSFUSIONAL
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ROC Silva, SRS Carvalho, CR Silveira, JG Barcellos, ELS Subtil, SLS Honorato, LS Cunha, EL Teixeira, S Diirr
Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), Vitória, ES, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Descrever a experiência de implantação de checklist com dupla checagem para redução de eventos adversos transfusionais.

Material e métodos

Relato de experiência de implantação de checklist com dupla checagem na Agência Transfusional (AT) do HUCAM, proposta pelo Comitê Transfusional e a Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente, como medida de prevenção, após ocorrência de dois eventos adversos em 2021, os quais resultaram em reação transfusional hemolítica aguda imune e incidente grave sem reação. Para compor o checklist, utilizou-se um roteiro contendo os seguintes instrumentos: etiqueta da amostra de sangue, Ficha do Receptor, Requisição de hemocomponentes (HC), etiqueta da bolsa, prescrição médica, pulseira de identificação e identificação do leito. Para checagem de dados de identificação do paciente e da bolsa, foram utilizadas quatro variáveis: nome completo, data de nascimento, grupo sanguíneo e fator Rh. A aplicação do checklist ocorreu em quatro momentos, dois na AT (antes da realização dos testes pré transfusionais e da liberação da bolsa para transfusão) e dois na enfermaria, entre profissional da AT e do setor (antes da transfusão, no posto de enfermagem e a beira leito). Foram analisados 95% de HC transfundidos no primeiro semestre de 2022, com uma média de 500 HC /mês. Os resultados foram registrados em planilha Excel para posterior apresentação ao Comitê Transfusional.

Resultados

As variáveis nome e data de nascimento apresentaram 3% de falhas no processo de identificação do paciente, antes da liberação da bolsa para transfusão e 2% durante checagem no posto de enfermagem.

Discussão

A reação hemolítica aguda é caracterizada por uma rápida destruição de eritrócitos durante a transfusão ou até 24 horas após, por incompatibilidade ABO ou de outro sistema eritrocitário. Estudos demonstram que, na maioria dos casos, ocorre devido a erro no ciclo do sangue, como, troca de amostras antes dos testes pré transfusionais ou troca de bolsas para transfusão, ou seja, em situações que podem ser evitadas. O que levou à implantação do checklist foram erros relacionados a essas duas situações citadas, indicando a necessidade de ações que promovam melhoria da segurança transfusional com ênfase na identificação. A ausência de reações adversas durante o período analisado pode estar associada ao uso do checklist como instrumento de detecção precoce de eventos adversos, conforme demonstram alguns estudos.

Conclusão

A experiência demonstrou fragilidades nas atividades da AT, que certamente servirão de subsídios para adequações nos processos de trabalho. O uso do checklist foi relatado pela equipe como instrumento de fácil aplicação e que funciona como uma barreira contra erros, que, associada ao cumprimento dos procedimentos operacionais padrão, poderá proporcionar maior segurança, para os profissionais, para o paciente e para a instituição.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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