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Vol. 44. Issue S2.
Pages S355-S356 (October 2022)
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Pages S355-S356 (October 2022)
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ANEMIA APLÁSTICA EM PEDIATRIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
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AL Fernandes, J Pinto, C Figueiredo, N Santos, V Campos, AC Nascimento, C Bento, L Costa, F Werneck, P Moura
Hospital Estadual da Criança do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Relato de caso de paciente pediátrico diagnosticado com Anemia Aplástica (AA) no Hospital Estadual da Criança do Rio de Janeiro.

Materiais e métodos

Estudo retrospectivo através de revisão de prontuários da paciente no Hospital Estadual da Criança e no Instituto Nacional de Câncer/ RJ.

Resultados

G.C.S., feminina, 4 anos, natural do Rio de Janeiro. Iniciou quadro de palidez, anorexia e equimoses sendo encaminhada para o HEC para investigação de anemia e trombocitopenia graves. Realizada biópsia de medula óssea que evidenciou menos de 5% de tecido hematopoiético. Pesquisa para hemoglobinúria paroxística noturna e pesquisa de quebras cromossômicas negativas. Feito diagnóstico de AA grave. Devido à elevada necessidade transfusional e apresentando três irmãos HLA compatíveis, foi encaminhada ao centro de transplante do INCA e submetida a TCTH alogênico aparentado. Paciente apresentou doença enxerto versus hospedeiro com alteração cutânea grau II e alterações hepáticas leves. Paciente encontra-se em uso de ciclosporina e em seguimento ambulatorial.

Discussão

A AAé uma doença rara caracterizada por pancitopenia periférica e medula óssea hipocelular sem displasia ou fibrose. Pode ser congenita, adquirida ou idiopática. As causas congênitas correspondem a 25%‒30% dos casos em crianças. As adquiridas podem estar relacionadas ao uso de farmacos, infeccoes, neoplasias, doenças sistêmicas, como as colagenoses, exposição à radiação ionizante e tóxicos industriais. A gravidade da AA é baseada em critérios laboratoriais: a) Moderada ou não severa: redução da celularidade medular e citopenia no sangue periférico não fechando critério para AA severa; b) AA severa: celularidade da medula < 25% e 2 dos 3 critérios seguintes: neutrófilos < 500 × 106L, plaquetas < 20.000 × 106L e reticulócitos < 60.000 × 106L; c) AA muito severa, preenche critérios da AA severa porém com neutrófilos < 200 × 106L. Pode ser difícil o diagnóstico diferencial com a síndrome mielodisplásica, sendo necessárias investigações complementares como pesquisa de HPN, Anemia de Fanconi e Disceratose Congênita, além de realização de cariótipo e pesquisa de monossomia do cromossomo 7 e trissomia do cromossomo 8. As infecções e hemorragias são as maiores causas de morbimortalidade, devendo ser avaliado o uso de antimicrobianos profiláticos. O tratamento precoce com agentes imunossupressores ou com TCTH está associado a um melhor prognóstico.

Conclusão

Houveuma melhora acentuada no tratamento nos ultimos anos, aumentando as taxas de sobrevida global dos pacientes com AA. O correto gerenciamento desta doença esta diretamente relacionada com uma investigacao diagnostica eficiente. Com o intuito de reconstituir a qualidade em hematopoiese, o TCTH vem se mostrando cada vez mais um tratamento eficaz com altas taxas de cura. Mas vale ressaltar que, mesmo apos o sucesso do tratamento, o acompanhamento da crianca ate a vida adulta faz-se necessario pelo risco de complicacoes tardias, assim como acompanhamento psicológico desde diagnóstico.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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