Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos diagnosticados com Linfoma não-Hodgkin difuso na população do estado do Ceará no período de 2019 a 2023.

Trata-se de um estudo epidemiológico de abordagem quantitativa, nos quais os dados sobre o diagnóstico e tratamentos do Linfoma não-Hodgkin difuso entre 2019 a 2023 no estado do Ceará. Os dados foram alcançados através da plataforma DATASUS, seção Painel Oncologia. As variáveis analisadas foram: sexo, faixa etária e modalidade terapêutica.

Entre 2019 e 2023, foram documentados cerca de 1069 casos diagnosticados como Linfoma não-Hodgkin difuso no estado do Ceará. Dos quais, os casos por sexo dessa patologia equivale a um total de 573 (53,6%) casos do sexo masculino e 496 (46,4%) do sexo feminino. Quanto à faixa etária 0 a 19 anos foram um total de 84 casos (7,8%), 20 a 29 anos um total de 72 casos (6,7%), 30 a 39 anos um total de 98 casos (9,2%), 40 a 49 anos um total de 130 anos (12,2%), 50 a 59 anos um total de 222 casos (20,8%), 60 a 69 anos um total de 227 casos (21,2%), 70 a 79 anos um total de 168 casos (15,7%) e 80 anos e mais foram um total de 68 casos (6,4%). Quanto às modalidades terapêuticas aplicadas no estado do ceará para os casos diagnosticados com Linfoma não-Hodgkin difuso, a cirurgia como o tratamento de escolha foi relatada em 4 casos (0,4%), a radioterapia em 46 casos (4,3%), quimioterapia em 909 casos (85%) e 110 casos (10,3%) não se obteve informações do tratamento escolhido.

O Linfoma Não-Hodgkin Difuso é heterogêneo e agressivo, de grande relevância clínica, sendo relevante o estudo sobre o seu perfil clínico e epidemiológico. Entre os anos 2019 e 2023, no Ceará, foram relatados 1069 casos diagnosticados, possuindo um predomínio discreto no sexo masculino de 53,6%. Quanto à faixa etária, a maior quantidade de casos diagnosticados se encontram entre 60 a 69 anos de idade com cerca de 21,2%, principalmente quando comparados a faixa etária de 0 a 19 anos com 7,8% dos casos. E quanto ao tratamento, preconiza-se a quimioterapia como a modalidade terapêutica mais utilizada na região do Ceará, correspondendo a mais de 80% dos casos ao comparar com a cirurgia e radioterapia. Com isso, achados clínicos são relevantes para o resultado do tratamento, dentre eles destacam-se a idade do paciente, a condição de desempenho, o estágio.

Portanto, vale ressaltar a importância de compreender a epidemiologia do Linfoma não-Hodgkin difuso para auxiliar no diagnóstico e possíveis tratamentos dos casos e permitir a análise dessa doença na população da região. Desse modo, pode-se perceber que no estado do Ceará entre os anos de 2019 e 2023, esse tipo de linfoma foi prevalente em homens e em idade avançada que varia principalmente de 40 a 70 anos. O tratamento quimioterápico é visto como principal, mas deve ser guiado pelos fatores diagnósticos, clínica do paciente e estadiamento. Assim, destaca-se que a população idosa merece uma atenção maior na investigação a fim de diagnosticar mais precocemente e instituir um tratamento eficaz.