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Vol. 42. Issue S2.
Pages 18-19 (November 2020)
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR ANEMIA FERROPRIVA NO BRASIL
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J.F. Fernandesa, J.G. Araújob, G.H. Souzac, R.C.E. Segatoa, J.R.S.D. Óa, T.A. Laranjeiraa, J.M.P.F. Gomesc, R.A. Nevesa
a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Goiânia, GO, Brasil
b Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde, GO, Brasil
c Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), Anápolis, GO, Brasil
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Objetivos: A anemia, segundo a Organização Mundial da Saúde, pode ser caracterizada como um estado em que a concentração de hemoglobina do sangue é anormalmente baixa em consequência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer que seja a origem dessa carência. Por sua vez, a anemia ferropriva pode ser caracterizada por um desequilíbrio negativo entre a quantidade de ferro biologicamente disponível e a necessidade orgânica desse elemento, além de ser a mais comum das carências nutricionais do mundo. Este estudo tem como objetivo analisar as taxas de internações decorrentes da anemia por deficiência de ferro em relação à faixa etária, a região do Brasil, em que foi realizada a notificação, e a cor/raça dos pacientes acometidos. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo, longitudinal e observacional. Os dados foram retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) presente na plataforma do DATASUS, do período de janeiro de 2008 a maio de 2020, e são referentes internações devido a anemia por deficiência de ferro levando em consideração a faixa etária, a região do Brasil e a cor/raça. Resultados: De acordo com os dados presentes no SIH/SUS, no período analisado, houve 153.030 internações por anemia ferropriva no Brasil, sendo que a região Sudeste foi a mais acometida, com 56.879 internações (37,17%), e a região Norte apresentou menor acometimento, com 10.279 internações (6,72%). As regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste, correspondem às seguintes taxas de internações, respectivamente: 33,62% (n=51.453), 15,29% (n=23.403) e 7,20% (n=11.016). Em relação faixa etária, a maior taxa de internações ocorreu entre indivíduos de 60 anos ou mais, com 44,52% (n=68.130), e o menor número de internações ocorreu em menores de um ano, totalizou 4.757 internações (3,11%). Além disso, observou-se, no SIH/SUS, as internações relacionadas à cor/raça, que, em ordem decrescente, são: Branca (n=51.199; 33,45%); parda (n=46.873; 30,63%); preta (n=5.561; 3,63%); amarela (n=1.558; 1,02%); e indígena (n=422; 0,27%). Discussão: A anemia por deficiência de ferro apresenta diversas manifestações clínicas que tornam imprescindível a internação, diante dos dados presentes nos resultados ficou claro a superioridade de casos em indivíduos com a faixa etária maior que 60 anos, além disso a região Sudeste apresentou o maior número de notificações, devido anemia ferropriva, de internações ao SIH/SUS. Tal patogenia também apresentou, em relação a cor/raça, um erro nas notificações por parte dos profissionais de saúde ou pelos pacientes, que não preencheram ou informaram adequadamente esse critério, essa falta de informação corresponde a 31,06% (n=47.527) das notificações por internações. Conclusão: Os dados epidemiológicos apresentados no estudo em questão revelam a distribuição das internações por anemia por deficiência de ferro no Brasil, bem como a faixa etária e a cor/raça mais acometida pela doença. Diante disso, percebe-se a necessidade de estudos para a otimização da prevenção, diagnóstico e tratamento, o que permitiria uma redução dos números de internações e uma maior disponibilidade dos leitos de internações no Sistema Único de Saúde.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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