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Vol. 46. Issue S4.
HEMO 2024
Pages S1043-S1044 (October 2024)
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ANÁLISE DOS DIAGNÓSTICOS DE LINFOMA DE HODGKIN E NÃO HODGKIN NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA PARAÍBA: IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19
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MAOM Teixeiraa, NMES Alvesa, MBF Pimentab, LGL Leitea, GGD Nóbregaa, YGS Medeirosa, JFM Vianaa, FCF Pimentac, EUG Barbosaa
a Faculade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa, PB, Brasil
b Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, João Pessoa, PB, Brasil
c Hospital Napoleão Laureano, João Pessoa, PB, Brasil
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Vol. 46. Issue S4

HEMO 2024

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Objetivo

Correlacionamos os diagnósticos de linfoma de Hodgkin e linfoma não - Hodgkin em pacientes atendidos no hospital de referência oncológica da Paraíba, durante período 2019/2023, analisando as variáveis pré e pós-pandemia de COVID-19 e influência nos diagnósticos.

Métodos

Trabalho observacional, transversal e individual, utilizando revisão de prontuários. As variáveis independentes foram comparadas por meio do teste Qui-quadrado de Aderência.

Resultados

Observamos que os linfomas não Hodgkin foram mais incidentes representando 80,8, quanto linfomas de Hodgkin corresponderam a 19,12%. A idade média com linfoma Não Hodgkin foi 57 anos e linfoma de Hodgkin 35 anos. A análise da frequência de diagnósticos entre 2019 e 2023 revelou diferença significativa, com um aumento nos anos de 2022/2023. Em 2019, foram diagnosticados 13 casos de linfoma Não- Hodgkin e 8 de linfoma de Hodgkin, enquanto em 2023 os números foram 80 e 19, respectivamente. Quanto aos subtipos de linfoma não Hodgkin 22,5% correspondem ao tipo difuso de grandes células B e 27,5% ao tipo difuso de pequenas células. Entre os linfomas de Hodgkin, o subtipo linfocítico foi predominante (60,4%), seguido esclerose nodular (37,5%). Novamente, diferença entre os sexos não teve significância estatística.

Discussão

As neoplasias linfoides são, majoritariamente, linfomas Não Hodgkin. Entre 251pacientes, 203 correspondem a tal variante direta. Não existe etiologia definida, porém, há uma relação com fatores de supressão imunológica. Os dados sugerem que o período pós-pandemia de COVID-19 foi marcado por um aumento significativo nos diagnósticos de linfomas, levantando duas hipóteses principais: houve uma maior valorização da assistência médica, levando a mais diagnósticos; também o isolamento social e medo de contaminação resultaram em níveis elevados de estresse, contribuindo para o enfraquecimento imunológico. Comparando os subtipos de linfomas na Paraíba com as estatísticas nacionais, observou-se uma diferença nos tipos mais incidentes. Enquanto a nível nacional o linfoma difuso de grandes células B é o mais comum entre os linfomas não Hodgkin, na Paraíba, o tipo difuso de pequenas células foi mais frequente na amostra atual. No estudo, a amostra de 54 participantes apresentou idade mínima de 22 anos e máxima de 83 anos, com mediana de 59 anos.Para os linfomas de Hodgkin,o subtipo linfocítico, que tem o melhor prognóstico, foi o mais comum na Paraíba,enquanto a distribuição etária seguiu a tendência bimodal típica, com idade mínima de 18 anos e máxima de 72 anos, média de 35 anos e mediana de 31 anos.

Conclusão

O estudo mostrou que os diagnósticos de linfomas aumentaram significativamente após a pandemia de COVID-19. Os linfomas não Hodgkin são mais prevalentes na Paraíba, alinhando-se com as análises estatísticas nacionais em termos de distribuição etária, embora os subtipos histológicos mais frequentes na região diferem das incidências observadas no País.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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