Analisamos a reações por transfusão no Hospital Maternidade São Luiz – Itaim SP no setor de terapia intensiva no período de Junho 2021 a Junho de 2022. Na UTI as transfusões são monitoradas, pela equipe de hemoterapia, no início (primeiros 10 minutos), período intermediário e ao final das transfusões com registro de todos os eventos adversos identificados. Nas próximas 24 horas, do final da transfusão, as equipes realizam busca ativa para identificação de eventos adversos. Os eventos adversos são analisados e registrados em prontuário médico.

No período de junho de 21 a junho de 22, no setor de terapia intensiva, realizamos 3.750 transfusões, sendo 1.691 de concentrado de hemácias filtrados, 1.454 concentrado de plaquetas randômicas, 187 concentrado de plaquetas por aférese, 284 plasmas fresco congelado e 134 crioprecipitados.

No período avaliado, na uti, 1118 pacientes receberam o total de 3750 transfusões, das quais, 0.16% geraram reação adversa a transfusões. 90% dos casos em primeira transfusão. do total de pacientes 4 (0.11%) tiveram reação febril não hemolítica e 2(0.05%) tiveram reação alérgica leve. quanto ao tipo de hemocomponente, 2(0.11%) reações febris por hemácias filtradas, 2(0.12%) reações febris por plaquetas randômicas e 2 (0.7%) reações alérgicas por plasma fresco congelado.

A incidência de reações por transfusão está compatível com a literatura mundial. Na UTI onde os pacientes são de grande complexidade não observamos uma maior incidência de reações adversas por transfusões, acreditamos que a utilização universal de produtos leucodepletados e a subnotificação com fatores importantes na incidência de eventos adversos por transfusões.