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Vol. 44. Issue S2.
Pages S445 (October 2022)
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ALOIMUNIZAÇÃO EM GESTANTES E O DESFECHO TERAPÊUTICONEONATAL NA DOENÇA HEMOLITÍCA DO FETO E RECÉM-NASCIDO (DNFRN)
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KC Memarea, SM Picellib, GL Cossolinoc, AB Castrob, MT Jamasd, CL Mirandab, PC Garciab
a Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
b Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
c Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São Paulo, SP, Brasil
d Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivo

Analisar o desfecho de neonatos que tiveram a doença hemolítica do feto e o recém-nascido (DHFRN) por aloimunização materna.

Métodos

Foram avaliadas 70 gestantes no período de 2016 a 2020 atendidas pelo laboratório de Imuno-Hematologia do Paciente e Hemobiologia Perinatal do Hemocentro de Botucatu, as quais apresentaram aloimunização e os neonatos desenvolveram a DHFRN. Os dados coletados foram: tipagem ABO/RhD, PAI (Pesquisa de anticorpo irregular), IAI (Identificação de anticorpo irregular), terapêuticas recebidas pelos neonatos, número de gestações materna e o desfecho do recém-nascido.

Resultados

Das amostras analisadas, 21,74% apresentaram anti-D; 24,63% anti-E; 5,80% anti-K; 5,80% anti-M; 14,90% anti-D + anti-C; 4,35% anti-Dia. Em relação à associação de aloanticorpos, dois ou mais aloanticorpos apresentaram maiores desfechos terapêuticos, sendo: fototerapia 68,75% para dois aloanticorpos e 100% para 3 aloanticorpos; transfusão sanguínea 18,75% para dois aloanticorpos e 50 % para 3 aloanticorpos; exsanguíneo transfusão 12,50% para dois aloanticorpos e 50% para 3 aloanticorpos; transfusão intrauterina 12,50% para dois aloanticorpos e 100% para 3 aloanticorpos; já o desfecho relacionado ao óbito relacionou-se apenas para um aloanticorpo isolado, correspondendo à 5,88% dos casos.

Discussão

Apesar do antígeno D estar presente em aproximadamente 85% da população e o antígeno E em apenas em 15%, foi observado no presente estudo maior taxa de aloimunização por anti-E (24,64%) em relação ao anti-D (21,74%), demonstrando que possivelmente as terapias de profilaxia de anti-D têm surtido efeito, embora ainda esteja presente com uma alta taxa nos quadros de aloimunização gestacional e na DHFRN. Esses resultados constatam que ainda há uma necessidade de conscientização e aplicação da terapia com imunoglobulina anti-D, evitando novos casos da DHFRN. A aloimunização por anti-E possivelmente se deve a subdiagnósticos e/ou avanço nas investigações laboratoriais no pré-natal, visto que as aloimunizações por anti-D eram mais estudadas por sua maior gravidade.

Conclusão

Todos os agrupamentos de aloanticorpos estudados apresentaram desfecho relacionado à fototerapia, sendo esta priorizada por ser menos invasiva. Em relação aos desfechos terapêuticos de óbitos, observou-se apenas casos de um único aloanticorpo associado, demonstrando que as terapias, desde que corretamente aplicadas, corroboram para a diminuição de óbitos neonatais.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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