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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1899
Acesso de texto completo
USO DE CÉLULAS T COM RECEPTOR ANTÍGENO QUIMÉRICO PARA O TRATAMENTO DO MIELOMA MÚLTIPLO
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28
RK Ferreira, E Stroparo
Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Nas últimas décadas foram obtidos avanços nos tratamentos contra o mieloma múltiplo, mesmo com o desenvolvimento de tratamentos mais específicos. Contudo, a neoplasia parmanece incurável. A terapia por células CAR-T surgiu como uma nova opção de tratamento para o MM. A produção de células CAR-T se origina a partir de linfócitos T do próprio paciente, estas células são reprogramadas geneticamente para destruir células neoplásicas.

Objetivos

O artigo tem como objetivo de relatar a atuação das células CAR-T, sua funcionalidade no tratamento do mieloma múltiplo e os principais desafios das células CAR no mieloma múltiplo.

Material e métodos

Para a realização da revisão de literatura, o levantamento bibliográfico foi realizado em plataformas confiáveis: Scielo, PubMed e Medline. Foram usados como fonte artigos de revisão, casos clínicos e estudos de caso. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro de 2024 e agosto de 2025.

Discussão e conclusão

O mieloma múltiplo é uma neoplasia hematológica, caracterizada pela proliferação exacerbada de plasmócitos malignos no interior da medula óssea. Novos tratamentos aumentaram a expectativa de vida dos pacientes, entretanto ainda não temos uma cura para o mieloma. As células CAR-T são linfócitos T do próprio paciente, modificadas geneticamente para expressar um receptor de superfície que permite o reconhecimento de células malignas. Os linfócitos T, são essenciais para a detecção e destruição de células tumorais. Entretanto a imunidade tumoral se mostra limitada em alguns tumores, pois as células podem escapar da detecção do sistema imune. Utilizando células CAR-T é obtido o estímulo da resposta antitumoral. Atualmente as células CAR-T contra o mieloma múltiplo são liberadas apenas para pacientes em recidiva ou refratários. Após terem feito o uso de quatro ou mais terapias convencionais. O uso deste tratamento pode provocar efeitos adversos graves, em decorrência da ativação exacerbada das células imunológicas. Como a síndrome de liberação de citocinas e a síndrome de neurotoxicidade associada a células efetoras imunológicas. Embora as células CAR-T sejam uma nova oportunidade terapêutica para pacientes previamente tratados. Os mecanismos do mieloma múltiplo diminuem a efetividade das células CAR-T, devido ao mecanismos de heterogeneidade intratumoral e microambiente tumoral criado no interior da medula óssea. Duas terapias com células CAR-T foram aprovadas contra o mieloma múltiplo: idecabtagene vicleucel (Ide-cel) e ciltacabtagene autoleucel (Cilta-cel). Ambas são terapias com células CAR-T de segunda geração, produzidas contra o receptor BCMA. Cilta-cel se mostrou mais eficiente que Ide-cel. Pois apresenta um duplo domínio de ligação, aumentando sua afinidade ao receptor. Cilta-cel apresenta uma taxa de resposta geral superior, e uma maior sobrevivência livre de progressão aos pacientes. Apesar de aumentarem consideravelmente a sobrevida dos pacientes, não conseguimos provocar uma resposta duradoura. A terapia com células CAR-T se apresenta como uma alternativa promissora para controlar a progressão do MM, principalmente em pacientes em recidiva ou refratários aos tratamentos convencionais. Contudo, para atingir a cura mais pesquisas serão necessárias para melhorar a eficácia das células CAR-T, e testar de medicamentos em estágios mais precoces do mieloma pode proporcionar resultados favoráveis. Além disso, são necessários mais estudos para determinar novos receptores alvos para novas terapias e compreender melhor os mecanismos do mieloma.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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