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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 3205
Acesso de texto completo
SINTOMAS RELACIONADOS AO HERPES VÍRUS EM 7 PACIENTES PÓS-TRANSPLANTADOS DE MEDULA ÓSSEA NA PEDIATRIA
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ME Shiromaa, VADN Varjãoa, EA Vianaa, CMMSDS Parrodea, OM Felixa, NG Rissardia, ACR Correaa, CM Lustosaa, ADSS Ibaneza, RM Amarala, F Carlessea, MG Matosa, RV Gouveiaa, VC Ginania, LDS Dominguesa, LL Quintinoa, YBD Mattosa, FDO Motaa, MS Kuniia, LCD Castroa..., MDLAD Salasa, AF Martinsa, ACR Donatellia, F Perruccioa, ACM Limab, GF Rampimb, IH Noronhab, TB Mourãob, A SeberaVer más
a GRAACC, São Paulo, SP, Brasil
b IGEN, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A família do herpesvírus humano (HHV) inclui o vírus herpes simplex (HSV-1 e -2), o vírus varicela-zóster (HVV, HHV-3), o vírus Epstein-Barr (EBV, HHV-4), o citomegalovírus (CMV, HHV-5), o vírus linfotrópicos (HHV-6 e -7) e o vírus do sarcoma de Kaposi (HHV-8). Esses grandes vírus de DNA têm a característica de formação de infecção latente. A infecção latente serve como reservatório para a ativação periódica do vírus. Trata-se de um vírus comum que infecta crianças precocemente e apresenta latência celular vitalícia, sendo facilmente reativado em imunodeficientes. Assim como o HHV-6, causa infecção primária na maioria dos indivíduos durante a infância. No entanto, a infecção clinicamente sintomática pelo HHV-7 parece ser significativamente menos comum e ocorre mais tarde do que pelo HHV-6. O principal mecanismo de transmissão é pelo contato com a saliva de indivíduos infectados.

Objetivos

Demonstrar a sintomatologia associada à infecção pelo HHV-7 em pacientes imunossuprimidos pós transplante de células-tronco hematopoiéticas.

Material e métodos

Foram incluídos no presente estudo, crianças entre 1 e 19 anos de idade ao transplante de células-tronco hematopoiéticas, que reativaram o vírus 7 da família do herpes entre janeiro de 2023 e abril de 2025, com um total de 19 pacientes. Inicialmente, foram levantados os dados laboratoriais dos pacientes com resultado positivos para reativação do HHV-7 entre o período de janeiro de 2023 a abril de 2025. Após, levantados dados dos prontuários quanto aos locais de identificação da reativação do respectivo vírus, sendo avaliada a presença ou não de sintomas associados à época da reativação e ao uso ou não de imunossupressores durante a reativação do HHV-7.

Resultados

De um total de 19 pacientes com reativação do HHV-7 documentada, 9 eram do sexo feminino e 10 do masculino. Deste total de pacientes, 3 realizaram transplante aparentado, 9 haploidêntico e 7 não aparentados. Todos receberam imunossupressão com ao menos 2 imunossurpressores após a infusão de células-tronco, sendo que 14 recebiam ainda, imunossupressão, à época da reativação pelo vírus HHV-7. Destes, 8 recebiam imunossupressão com Ciclosporina, 1 com Micofenolato, 6 com corticoide, 5 com outros imunossupressores como Sirolimus, Ruxolitinibe, entre outros e, 7 realizavam terapia imunossupressora combinada. 8 pacientes apresentaram reativação viral apenas do HHV-7, 9 foram associadas a outros vírus da família Herpes e 2 a outros vírus (Metapneumovírus e Adenovírus). 3 pacientes foram assintomáticos e todos os três tiveram a reativação apenas pelo HHV-7, sem outros vírus associados e a reativação foi identificada no sangue, através de rastreio ativo de tais reativações. A maior parte das reativações, foram indentificadas no trato grastointestinal, totalizando 15 reativações, 4 no sangue e 1 nos pulmões. Das alterações gastrointestinais mais prevalentes, a perda ponderal, a hiporexia e a diarreia foram as mais encontradas, sendo diagnosticadas por biópsia do estômago, do esôfago ou do reto. O tratamento preponderante ocorreu com Ganciclovir e/ou Valganciclovir.

Discussão e conclusão

A grande maioria das infecções sintomáticas por HHV7 ocorreu no trato gastrointestinal e todas foram tratadas em tempo hábil, sem complicações. A infecção associada a alguns vírus da família do herpes foi comum, mas com HHV6 a incidência foi menor do que o esperado, ocorrendo em apenas 3 casos. A avaliação precoce com endoscopia digestiva alta ajudou muito no tratamento precoce e, consequentemente, na melhora dos sintomas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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