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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1720
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SÍNDROME DA LISE TUMORAL: IDENTIFICAÇÃO PRECOCE E INTERVENÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
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BE Grigioa, IK Costaa, MCV Barrosa, GIV Abreub, PR Spiesa, TRS Mellerb, VS Cezara, RS Lopesa, PRS Bedinc, AF Zanchina
a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Porto Alegre, RS, Brasil
c Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A síndrome da lise tumoral (SLT) é uma emergência oncológica potencialmente fatal, resultante da destruição maciça de células malignas e liberação súbita de seus conteúdos intracelulares na corrente sanguínea. Essa condição cursa com distúrbios metabólicos graves, como hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia e hiperuricemia, podendo evoluir para insuficiência renal aguda, arritmias cardíacas e óbito. A SLT é mais comum em pacientes com leucemias agudas e linfomas de alto grau, especialmente após o início da quimioterapia, embora também possa ocorrer de forma espontânea. Diante de sua rápida progressão, a equipe de enfermagem desempenha papel estratégico na prevenção, vigilância contínua e intervenção precoce.

Objetivos

Analisar, por meio de revisão da literatura, a atuação da enfermagem na prevenção, identificação precoce e manejo da síndrome da lise tumoral em pacientes hematológicos.

Material e métodos

Foi realizada uma revisão narrativa da literatura nas bases PubMed, Embase e Scopus, utilizando os descritores: “síndrome da lise tumoral”, “enfermagem”, “oncologia” e “eventos adversos”, combinados pelos operadores booleanos AND e OR. Foram incluídos artigos publicados entre 2019 e 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol.

Discussão e conclusão

A literatura analisada demonstra que a SLT é mais prevalente em pacientes com elevada carga tumoral, altos níveis de LDH e maior sensibilidade à quimioterapia. A enfermagem atua de forma abrangente, desde a triagem inicial de fatores de risco até o acompanhamento intensivo durante o tratamento. Entre as intervenções destacam-se o monitoramento rigoroso de sinais vitais, débito urinário e exames laboratoriais (eletrólitos, ureia, creatinina), além da administração de hidratação venosa agressiva e fármacos como alopurinol ou rasburicase. A comunicação imediata com a equipe médica diante de alterações clínicas é crucial para o manejo eficaz da SLT. A implementação de protocolos institucionais e treinamentos periódicos demonstrou um impacto positivo significativo na prevenção e manejo da síndrome, resultando na redução de complicações e de hospitalizações prolongadas. Essas estratégias reforçam a importância da atuação proativa e coordenada da enfermagem para garantir a segurança do paciente. A síndrome da lise tumoral representa um desafio crítico que exige atuação rápida, coordenada e tecnicamente embasada da equipe de enfermagem. O reconhecimento precoce dos sinais clínicos, aliado à execução de medidas preventivas e terapêuticas padronizadas, é fundamental para garantir a segurança do paciente hematológico. Fortalecer a educação permanente, a estruturação de protocolos assistenciais e a comunicação interprofissional são estratégias essenciais para mitigar riscos e qualificar a assistência oncológica.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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