Estudos têm mostrado que doadores inaptos temporários têm menos probabilidade de retornar para uma nova doação do que doadores que não vivenciaram um processo de inaptidão.

Levantar entre os doadores que compareceram ao Hemocentro de Belo Horizonte e Shopping Estação e que foram inaptos clínicos temporários qual a intenção de voltar ou de não voltar a doar sangue; verificar qual a motivação de doadores inaptos clínicos temporários, que compareceram ao Hemocentro de Belo Horizonte e Shopping Estação, nos anos de 2024 e 2025 para nova tentativa de doação.

Foram convidados a participar do estudo no Hemocentro de Belo Horizonte e no Posto de coleta do Shopping Estação nos anos de 2024 e 2025, 100 doadores de sangue que foram triados e receberam do triagista o resultado de inaptidão clínica temporária (50 novatos e 50 com doações prévias, grupo 1) e 100 doadores de sangue que retornaram ao hemocentro e estavam se candidatando para uma nova doação, após uma inaptidão clínica temporária pregressa (50 sem nenhuma doação prévia e 50 com doações prévias, grupo 2).

Foram respondidos 73 questionários de doadores inaptos temporários, sendo 44 doadores novos e 29 doadores experientes. Desse total, 64% é do sexo feminino. A maioria (86%) respondeu que voltaria a doar sangue, tendo 97% sinalizado que voltariam à Hemominas, sendo 88% destes participantes sob a condição de voluntário. Com relação aos doadores que retornaram para se cadidatarem para uma nova doação (grupo 2), foram respondidos 56 questionários, sendo 14 doadores novos e 42 doadores experientes. Do total, 68% é do sexo feminino. A maioria (60%) respondeu que retornou para uma nova doação “apenas para ajudar quem precisa”, seguido pela motivação: “porque tenho um amigo ou familiar que está precisando de transfusão de sangue” (30%). Com relação aos motivos que dificultam o retorno dos doadores, 66% afirmou não ter nenhuma dificuldade.

A pesquisa está em andamento, até o momento, identificamos que maioria dos doadores inaptos temporários demonstrou intenção de retornar à doação, motivada principalmente pelo altruísmo. As dificuldades relatadas foram mínimas, destacando-se questões logísticas e profissionais. Não houve diferenças significativas entre doadores novos e experientes, o que reforça a importância de estratégias amplas de acolhimento e fidelização.