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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1789
Acesso de texto completo
QUANDO INDICAR TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA PARA LINFOMA DE HODGKIN CLÁSSICO?
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GLS Cordeiro, JSC Silva, FF Nobrega, VCM Sousa, ADS Jesus, ECP Sousa, LF Alves, LLR Matos, LKA Rocha
Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O linfoma de Hodgkin clássico (LHC) é caracterizado pela presença das células de Reed-Sternberg, inflamação e envolvimento linfonodal, hepático e/ou esplênico. Atualmente possui como base de tratamento a classificação entre estágios precoce favorável ou desfavorável, ou estágio avançado, algo que tem determinado a escolha do esquema poliquimioterápico ideal. O presente estudo prima pela identificação de indicações específicas para a aplicação do transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), principalmente para aqueles casos que envolvem recidiva ou refratariedade.

Objetivos

O objetivo foi identificar em quais cenários clínicos o transplante de medula óssea autólogo ou alogênico é indicado no tratamento do LHC.

Material e métodos

Foi realizada uma revisão de literatura na base de dados PUBMED, no período de 2010 a 2025. Utilizaram-se os descritores: "Hodgkin Disease" AND "Bone Marrow Transplantation" AND "indications". A busca resultou em 9 artigos. Foram excluídos relatos e séries de caso, restando 5 artigos selecionados que focavam exclusivamente nas indicações do transplante de medula óssea, dos quais estavam inclusos artigos originais, revisões sistemáticas e estudos prospectivos.

Resultados

Todos os estudos inclusos foram unânimes em afirmar que o TCTH, seja autólogo ou alogênico, é expressamente indicado nos casos clínicos em que ocorre recorrência ou refratariedade. Nesse sentido, um dos estudos evidenciou o benefício de aumentar a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão, em 36 meses, de 63% para 79% (p < 0,001) e de 49% para 60% (p < 0,001), respectivamente, para o transplante autólogo. Para o transplante alogênico, observou-se aumento da sobrevida global, em 36 meses, de 21% para 61% (p < 0,001) e a sobrevida livre de progressão de 15% para 43% (p < 0,001). Dessa maneira, a terapia de resgate tem como objetivo restabelecer a quimiossensibilidade, para tornar viável o TCTH. No entanto, a maioria dos estudos ainda reforça que a escolha pelo TCTH, especialmente o alogênico, deve ser reservada como opção terapêutica somente para aqueles casos refratários ou recidivados após terapêutica padrão.

Discussão e conclusão

Apesar dos avanços nas técnicas de TCTH e da diminuição e controle das complicações como a doença do enxerto contra o hospedeiro, o TCTH, seja autólogo ou alogênico, ainda permanece como opção terapêutica de segunda ou, inclusive, de terceira linha. No entanto, dados recentes indicam melhora significativa nos desfechos clínicos ao longo dos anos, como o aumento da sobrevida global e do tempo de sobrevida livre de progressão. Esses avanços reforçam sua eficácia em casos selecionados, especialmente após falha da terapêutica padrão.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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