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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1042
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PROFILAXIA INFECCIOSA COMBINADA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA: AVALIAÇÃO PRELIMINAR NO DIA 180
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31
V Gusmão-de-Souza, W Carvalho-Filho, MES de Oliveira, SS Viana, R Cipolotti
Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

As últimas décadas marcaram avanços importantes nas taxas de sobrevida de crianças e adolescentes com Leucemia Linfoide Aguda (LLA) em todo o mundo. Esses bons resultados refletem ampliação do entendimento da biologia da doença, com consequente refinamento dos protocolos de tratamento, e a incorporação à rotina clínica das terapias alvo-dirigidas. Entretanto, esses avanços não se encontram distribuídos de forma equânime entre os diferentes países e entre diferentes serviços de um mesmo país. Observam-se resultados consistentemente melhores em países com renda per capita elevada (em inglês High Income Countries – HICs), em relação aos países de baixa ou média renda (em inglês Low and Middle Income Countries – LMICs), e a principal causa apontada para essa diferença é a ocorrência de infecções bacterianas e fúngicas, especialmente nas etapas marcadas por longos períodos de neutropenia, como a Indução da Remissão para todos os pacientes e a Intensificação para os pacientes com LLA-T e LLA-B de Alto Risco.

Objetivos

Descrever os resultados preliminares de um protocolo para profilaxia infecciosa combinada aplicado em crianças e adolescentes ao início do tratamento para LLA.

Material e métodos

Foram incluídos todos os pacientes com até 19 anos incompletos, sequencialmente, diagnosticados com LLA através de imunofenotipagem de medula óssea por citometria de fluxo, entre 1o. de agosto de 2018 até 30 de junho de 2025, tratados em um Centro de Oncologia Pediátrica que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos local. Os pacientes diagnosticados até 30/06/2024 utilizaram Profilaxia Convencional (PC), com sulfametoxazol+trimetoprim: 3 mg de trimetoprim/kg a cada 12hs, 3 vezes por semana. Os pacientes diagnosticados a partir de 01/07/2024 O protocolo de Profilaxia Antimicrobiana Combinada (PAC) utilizado foi: Ciprofloxacino: 300 mg/m2 a cada 12h + Fluconazol: 3‒5 mg/kg a cada 24h + Sulfametoxazol + Trimetoprim: 3 mg de Trimetoprim/kg a cada 12hs, 3 vezes por semana. As indicações foram: 1) Indução da remissão: Todos os pacientes com LLA; 2) Após a indução e até o início da manutenção: todos os pacientes com LLA T, LLA B alto risco, LLA B recaída; 3) Suspender no início da manutenção. Considerou-se risco definitivo aquele obtido no D-35, conforme o protocolo BFM-09. O desfecho considerado para esta análise preliminar, para todos os pacientes, foi estar vivo no D-180.

Resultados

Foram considerados elegíveis 103 pacientes. Não foram incluídos 11 (por não ter usado o protocolo BFM-09, tempo de seguimento insuficiente ou por desfecho final desconhecido). Foram estudados 92 pacientes, dos quais 80 utilizaram PC e 12 pacientes utilizaram PAC. O grupo PAC obteve sobrevida de 100% no D-180; o grupo PC, de 71 % (p=0,044). Não houve diferença entre os dois grupos para nenhuma das outras variáveis independentes estudadas.

Discussão e conclusão

Os resultados preliminares sugerem benefício no uso de PAC para pacientes pediátricos desde o início do tratamento. O tempo de uso da profilaxia deve ser estratificado pelo risco definido no D35.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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