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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1167
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PREVALÊNCIA DE DISCREPÂNCIAS ABO E SUA CLASSIFICAÇÃO EM DOADORES DE SANGUE NO CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DE SANTA CATARINA
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D Siegel, ES Fernandes, A Leal, GdSC de Jesus, EJ Schörner
Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC), Florianópolis, SC, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Discrepâncias ABO em doadores de sangue não são comuns, embora dependam da população e da metodologia. A resolução das discrepâncias requer exames sorológicos, técnicas especializadas e moleculares. A identificação e resoluções precisas são cruciais para prevenir reações transfusionais e garantir a segurança.

Objetivos

Determinar a frequência de discrepâncias na fenotipagem ABO em doadores de sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC) e relacionar com a importância da classificação.

Material e métodos

Um estudo foi conduzido entre janeiro/2023 e maio/2025, onde foram analisadas as disparidades em testes de tipagem sanguínea ABO encontradas no HEMOSC. Para análise dos dados, as discrepâncias foram agrupadas em: Tipo I: antígenos ausentes ou com baixa reatividade na prova direta; Tipo II: causas diversas, como reatividade extra na prova direta; Tipo III: anticorpos ausentes ou com baixa reatividade na prova reversa; Tipo IV: causas diversas, como anticorpos inesperados e reatividade extra na prova reversa e Tipo V: resultado divergente do histórico.

Discussão e conclusão

Discrepâncias ABO em doadores de sangue não são comuns, embora dependam da população e da metodologia. A resolução das discrepâncias requer exames sorológicos, técnicas especializadas e testes moleculares. A identificação e resoluções precisas são cruciais para prevenir reações transfusionais e garantir a segurança, pois erros podem acarretar em reações hemolíticas agudas. No presente estudo, um total de 330.937 resultados de ABO foram analisados. A proporção entre homens e mulheres foi 0,92:1 e a idade variou de 16 a 69 anos. Discrepâncias no grupo sanguíneo ABO foram detectadas em 73 casos (0,02%). A causa mais frequente em doadores é o Tipo IV (85,42%), seguida do Tipo III (8,33%), Tipo I (4,17%), Tipo V (2,08%) e nenhum caso na categoria II. As discrepâncias encontradas estão relacionadas a aloanticorpos anti-A1 (43,19%), autoanticorpos frios (25,00%), anti-M (22,27%), anti-P1 (6,82%) e outros (2,27%). Dentre os raros casos analisados, foi identificado um aloanticorpo anti-PP1Pk, encontrado em indivíduos que não possuem os antígenos P (sistema GLOB), P1 e Pk (sistema P1PK). A tipagem sanguínea revela pan-reatividade. Outra amostra apresentou resultado negativo na tipagem direta com todos os antissoros em temperatura ambiente, 4°C ou tratamento enzimático, reagindo após adsorção-eluição. Foram identificados os alelos ABO*AEL.01/ABO*O.01.02, que determinam o fenótipo Ael. No geral, os avanços no diagnóstico molecular melhoraram significativamente a detecção e a compreensão do Ael e outros subgrupos ABO fracos, como foi o identificado em um outro caso AfracoB. Neste último, em uma das doações, a plataforma automatizada concluiu equivocadamente a tipagem como B, devido à intensidade fraca com o antissoro A na prova direta e a reação positiva na prova reversa com hemácias A1. Após metodologias adicionais, concluiu-se a presença de anticorpos de especificidade anti-A1 e foi evidenciada intensidade fraca na prova direta por gel-centrifugação, devido à presença do alelo evidenciado por biologia molecular ABO*AW.09. O estudo revela a importância da utilização de testes complementares. Protocolos de validação da metodologia bem estabelecidos, com investigação, juntamente com orientações claras e notas de advertência no sistema, são etapas para garantir a segurança transfusional.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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