O presente estudo destaca a importância da equipe de enfermagem, que desempenha um papel fundamental na manutenção da integridade do Port-A-Cath®. O Port-A-Cath® é um cateter venoso central totalmente implantável, geralmente colocado sob a pele do tórax e conectado a veias centrais como a subclávia ou jugular. Ele possui uma câmara de acesso puncionável por agulhas específicas (agulha de Huber) e é amplamente utilizado em pacientes onco-hematológicos para tratamentos prolongados, como quimioterapia, transfusões e administração de medicamentos. Seu uso oferece maior conforto, segurança e reduz complicações relacionadas à acessos venosos periféricos repetidos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. No período entre Janeiro de 2023 e Dezembro de 2024, o setor ambulatorial de hematologia do Hospital de Câncer de Barretos encaminhou 34 pacientes para implante deste dispositivo.

Este estudo analisa o tempo médio de permanência do Port-A-Cath® em pacientes com doenças onco-hematológicas do ambulatório de hematologia do Hospital de Câncer de Barretos, identificando os principais fatores que influenciam essa duração e as implicações para a prática clínica.

Trata-se de um estudo descritivo com análise dos dados do Ambulatório de Hematologia do Hospital de Câncer de Barretos, no período de janeiro de 2023 a dezembro de 2024, totalizando 34 pacientes que foram submetidos ao implante do cateter Port-A-Cath®.

Nesse estudo mostra que dos 34 pacientes que implantaram o dispositivo, 11,8% (n = 4) foram removidos devido a infecções, 8,8% (n = 3) foram retirados após o término do tratamento, 5,9% (n = 2) foram removidos em decorrência de trombose e 23,5% (n = 8) dos pacientes evoluíram a óbito em decorrência da doença de base. Houve um caso (2,9%) de ruptura da cânula do cateter, ocorrida aproximadamente um ano após o término do tratamento e 50% (n = 17) dos pacientes permaneceram com o cateter realizando manutenção periódica com salinização a cada 40 dias. A variabilidade no tempo de permanência do Port-A-Cath® reflete a complexidade do tratamento onco-hematológico, manuseio e a individualidade de cada paciente. Embora a média de permanência varie entre 9 meses e 2 anos, é possível que ele permaneça funcional por períodos superiores a três anos, desde que não ocorram complicações significativas. A análise dos estudos revisados revelou uma variação significativa no tempo de permanência do Port-A-Cath® entre os pacientes. Os dados demonstraram uma média de permanência de cerca de 3 anos (36 meses), variando de 1,6 a 4,4 anos, segundo estudo realizado por Silva et al. (2018) no Brasil com 233 pacientes adultos oncológicos. Esses resultados evidenciam que, na ausência de complicações, o dispositivo pode permanecer funcional por vários anos, especialmente com manejo adequado e acompanhamento rigoroso. Diversos fatores influenciam o tempo de permanência do cateter, entre eles: complicações infecciosas, trombose e obstrução.

O Port-A-Cath® é uma ferramenta essencial no tratamento de pacientes onco-hematológicos, proporcionando acesso venoso seguro e duradouro. A média de tempo de permanência gira em torno de 9 meses a 2 anos, podendo ser prolongada na ausência de complicações. O manejo adequado na manutenção do dispositivo, é crucial para prevenir complicações e garantir sua funcionalidade ao longo do tratamento realizado por profissionais capacitados, especialmente enfermeiros, é determinante para o sucesso terapêutico e a preservação do dispositivo.