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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1676
Acesso de texto completo
PERFIL DE RISCO DAS UNIDADES HEMOTERÁPICAS DE SALVADOR (2022‒2024)
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25
EdJ Inês, MdFC Alves, PD Lima, MS Chaves, FT Chaves, MB de Jesus, TMO Cordeiro
Diretoria de Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental (DIVISA), Salvador, BA,Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Este estudo descritivo-retrospectivo avaliou o perfil de risco de 38 unidades hemoterápicas em Salvador entre 2022 e 2024, com base em dados oficiais de inspeção sanitária. A amostra compreendeu 25 Agências Transfusionais (65,8%), 1 Unidade de Coleta e Transfusão (2,6%) e 1 Hemocentro Coordenador (2,6%), sendo que 11 inspeções (28,9%) foram específicas para monitoramento.

Objetivos

Avaliar a conformidade das unidades identificando os itens de maior criticidade nas inspeções realizadas entre 2022 e 2024, além de traçar o perfil de risco e os principais desafios para a segurança transfusional no estado.

Material e métodos

A análise focou nas não conformidades mais críticas dos Módulos 1 (Informações Gerais), 4 (Processamento/Armazenamento) e 5 (Terapia Transfusional), utilizando a metodologia MARPSH para classificação de risco.

Resultados

Os resultados revelaram que 2 unidades (5,3%) não possuíam responsável técnico e 3 (7,9%) careciam de sistema de rastreabilidade adequado. Na avaliação da infraestrutura, 5 unidades (13,2%) não tinham gerador de emergência, enquanto 12 (31,6%) apresentavam problemas no controle de temperatura dos refrigeradores. Quanto aos aspectos de biossegurança, 12 unidades (31,6%) não realizavam treinamentos periódicos para suas equipes. Na prática transfusional, 17 unidades (44,7%) não monitoravam adequadamente os pacientes durante as transfusões, e 6 (15,8%) não registravam os sinais vitais no prontuário. A classificação de risco mostrou que 22 unidades (57,9%) apresentaram risco médio-baixo, 8 (21,1%) risco médio, 4 (10,5%) risco médio-alto e 2 (5,3%) alto risco. Esses achados demonstram que, embora a maioria das unidades esteja em categorias de menor risco, persistem vulnerabilidades em aspectos fundamentais como controle de temperatura, monitoramento transfusional e capacitação profissional.

Discussão e conclusão

Conclui-se que são necessárias intervenções prioritárias nas 6 unidades (15,8%) classificadas como de maior risco, com ênfase no fortalecimento da infraestrutura física e na implementação de programas contínuos de capacitação. Os resultados reforçam a importância de investimentos em tecnologia e gestão da qualidade para garantir a segurança transfusional em Salvador, com atenção especial às Agências Transfusionais que apresentaram os principais desafios. Este estudo fornece subsídios valiosos para orientar ações de vigilância sanitária e melhorar a qualidade dos serviços hemoterápicos na região.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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