Compartilhar
Informação da revista
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1437
Acesso de texto completo
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM LINFOMA NÃO HODKING DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B TRATADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO DE 2010 A 2024
Visitas
25
MLN Manhães, HM Candreva, ACR de Oliveira, CdP Eccard, SIL Kilgore, LLdSP Domingues, CG Pessanha, ACdAA Lima, AR Soares, RLR Baptista
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Resume
Texto Completo
Baixar PDF
Estatísticas
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

Mais dados
Introdução

O linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B (LNH DGCB) é o subtipo mais prevalente de LNH e representa 30% dos casos. A doença se manifesta com linfonodomegalias, que podem ser localizadas ou disseminadas, e presença de sintomas B. O tratamento consiste em quimioimunoterapia, com 50 a 60% dos pacientes evoluindo para cura.

Objetivos

Analisar o perfil clínico-epidemiológico e de resposta ao tratamento de uma coorte de pacientes com LNHDGCB tratados no HUPE entre 2010 e 2024.

Material e métodos

Estudo observacional retrospectivo de pacientes com LNHDGCB acompanhados no HUPE de 2010 a 2024. Coleta de dados de prontuários. Analisadas características demográficas, clínicas e de tratamento por estatística descritiva. Estimadas sobrevida global (SG) e sobrevida livre de evento (SLE) pelo método de Kaplan-Meier.

Resultados

Avaliados 110 pacientes com LNHDGCB. Idade mediana de 64 anos. 65 pacientes (59%) apresentavam doença avançada, 35 (34,31%) massa bulky, 64 (62,13%) sintomas B e 50 (56,1%) R-IPI de bom prognóstico. 95 pacientes (88%) foram tratados com R-CHOP. 73 pacientes (68,9%) obtiveram remissão completa, 19 (17,9%) foram refratários ao tratamento e 7 (6,6%) evoluíram com óbito precoce. A SG e a SLE em 5 anos foram de 65,1% e 58,3% respectivamente.

Discussão e conclusão

Os dados clínicos da coorte evidenciam uma porcentagem maior de pacientes com doença avançada e sintomas B, diferente da literatura internacional, o que pode ser justificado pelo atraso no diagnóstico no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), com consequente diagnóstico em estágios mais avançados e doença mais sintomática. Chama atenção uma alta mortalidade precoce antes do término do tratamento, que pode estar relacionada a doença mais avançada e de maior gravidade ao diagnóstico. Apesar desse achado, as taxas de SG a longo prazo foram semelhantes, reforçando a eficácia do esquema R-CHOP no tratamento do LNHDGCB. O LNHDGCB apresenta alta taxa de SG em pacientes elegíveis a quimioimunoterapia e o RCHOP é uma terapia eficaz e disponível no SUS. Doença em estágios mais avançados e R-IPI mais elevados podem estar associados ao atraso no diagnóstico e no início do tratamento no contexto SUS, o que sugere a necessidade de políticas públicas que viabilizem o diagnóstico e manejo precoce desses pacientes.

Texto Completo

Referências:

Li S, Young KH, Medeiros LJ. Diffuse large B-cell lymphoma. Pathology. 2018;50(1):74-87. doi:10.1016/j.pathol.2017.09.006. Epub 2017 Nov 20.

Padala SA, Kallam A. Diffuse large B-cell lymphoma. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2025 Jan–. Updated 2023 Apr 24.

Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas