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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1529
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INFLUÊNCIA DO TEMPO DO DESCANSO DE SANGUE TOTAL NA CONTAGEM PLAQUETÁRIA E HEMÓLISE DO CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
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JFO Santos, TG Sacramento, NM Silva, JTS Tokunaga, APR Rosa, GV Araujo, YCR Reis, RC Silva, SCC Silva, MCA Ribeiro, CB Costa, CP Arnoni, AJP Cortez, FRM Latini
Associação Beneficente de Coleta de Sangue (COLSAN), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A produção de hemocomponentes é um processo complexo e sensível, pois diversos fatores podem influenciar e impactar na qualidade e, consequentemente, no desempenho transfusional. No caso dos concentrados de plaquetas, o tempo de descanso do Sangue Total (ST) parece estar diretamente relacionado à contagem de plaquetas, uma vez que tempos de descanso mais curtos antes do processamento aumentam a probabilidade de formação de agregados plaquetários. Em relação ao concentrado de hemácias, alguns estudos demonstraram que unidades produzidas no mesmo dia da coleta do ST apresentaram menor grau de hemólise ao longo do armazenamento, quando comparadas àquelas produzidas com ST submetido a maior tempo de descanso. No entanto, essas diferenças não foram significativas a ponto de comprometer a qualidade. A Portaria de Consolidação n° 5, de 2017, determina que, para a produção de concentrados de plaquetas, o ST deve ser armazenado entre 20°C e 24°C por, no máximo, 24 horas não definindo o tempo mínimo de descanso.

Objetivos

Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto de diferentes tempos de descanso do ST, visando aprimorar a rotina do processamento sem comprometer a qualidade dos hemocomponentes produzidos.

Material e métodos

Foram coletadas para o estudo 30 bolsas de sangue na COLSAN – unidade de Jundiaí. As unidades de ST apresentavam volume médio de 470 mL, sendo coletadas em bolsas triplas com CPDA-1. As bolsas foram divididas em dois grupos de acordo com o tempo de descanso do ST: G1 (controle) descanso de 60 minutos; G2 descanso de 24 horas entre 20°C e 24°C. Após o período de descanso, foram produzidos os hemocomponentes conforme protocolo validado institucionalmente. Para avaliação da recuperação plaquetária foi realizada a contagem de plaquetas no equipamento SYSMEX XP300 no Plasma Rico em Plaquetas (PRP). A hemólise nos concentrados de hemácias foi avaliada no 1° e no 35° dia de estocagem por teste colorimétrico. Foi realizada análise estatística utilizando o teste ANOVA seguido pelo teste de Tukey.

Resultados

A contagem plaquetária (×10¹⁰/unidade) no G1 foi 7,34 ± 1,2 enquanto que no G2 foi 9,02 ± 0,5. Na análise de hemólise (%) do concentrado de hemácias obtivemos no G1 no 1° dia a hemólise média de 0,04% ± 0,01 enquanto que no 35° dia de estocagem 0,48% ± 0,09. Já em G2 a média de hemólise no 1° dia foi de 0,03% ± 0,01 enquanto que no 35° dia de 0,63% ± 0,11.

Discussão e conclusão

De acordo com a análise estatística não houve alterações significativas na contagem de plaquetas do PRP nos dois grupos, sendo que as contagens de plaquetas estão dentro dos valores de referências (>5,5×1010 Unidade). O mesmo ocorreu quanto ao grau de hemólise dos concentrados de hemácias e embora com leve aumento de hemólise no 35° de estocagem nas hemácias do G2, os parâmetros ainda se mantêm dentro das referências (<0,8%) normativas sendo sugerida a utilização destas hemácias antes do 35° dia, porém sem impacto caso uso em seu último dia de estocagem.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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