HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA transfusão de hemocomponentes é amplamente utilizada na área da saúde, sobretudo no contexto oncológico. Diante dos riscos associados a essa prática, a hemovigilância exerce papel fundamental no monitoramento e correção de não-conformidades. Na hemovigilância oncológica-pediátrica, destaca-se o rigor no acompanhamento de reações transfusionais, principalmente na primeira transfusão, em que prevalecem reações febris não hemolíticas e alérgicas. Considerando o desconhecimento dos sinais por pacientes e familiares, este trabalho enfatiza, por meio de ações educativas, a importância do estudo da hemovigilância no contexto oncológico infantil, visando à minimização de sintomas.
ObjetivosRelatar uma experiência de educação em saúde voltada para a sensibilização sobre a importância da hemovigilância em um hospital oncológico infantil.
Material e métodosTrata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, sobre desenvolvimento e aplicação de tecnologia educativa em saúde. O projeto foi elaborado na disciplina Projeto Integrador IV, por acadêmicos do 4° e 5° períodos de Biomedicina do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ), implementado no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, referência no Pará, em maio de 2025, sob coordenação docente. O tema e os objetivos foram definidos considerando as necessidades apontadas pelo setor de transfusão durante visita técnica prévia. Como tecnologia educativa, optou-se por um livro de colorir com história, seguido de dinâmica interativa, respeitando a diversidade etária do público.
ResultadosA ação ocorreu na brinquedoteca do hospital, no período vespertino, com 35 participantes, incluindo pacientes, responsáveis e profissionais de saúde. A atividade consistiu na narração da história autoral “Hemovigilância: João e os amiguinhos do sangue”, entregue em formato de livro de colorir para cada criança, servindo como recurso didático. Em seguida, a dinâmica de verdadeiro ou falso reforçou o conteúdo apresentado e avaliou a retenção de informações. O projeto foi proveitoso, com participação ativa das crianças e acompanhantes, que manifestaram interesse pelo tema e fizeram questionamentos sobre tópicos tangentes, como transplante de medula óssea e sistema ABO, devidamente esclarecidos pelos discentes.
Discussão e conclusãoDevido à escassez de informações difundidas a pacientes e familiares, constatou-se a necessidade de ações educativas em saúde sobre hemovigilância, visto que é um procedimento hemoterápico frequente neste contexto. O projeto cumpriu seu propósito de propagar conhecimento, de modo lúdico e conciso, sobre sinais adversos e a imprescindibilidade de monitoramento em todas as fases da transfusão infantil. Para o profissional da saúde, a experiência foi de grande valia, pois promoveu empatia e aprimorou a capacidade de expor conhecimentos científicos complexos de maneira acessível à comunidade.
Referências:
Silva LBR, et al. Hemovigilância no Brasil: uma análise dos eventos adversos relacionados à transfusão de sangue e hemoderivados. Delos, v. 18, n. 67, p. e5072, 2025.
Coscrato G, Pina JC, Mello DF de. Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura. Acta Paulista de Enfermagem, v. 23, n. 2, p. 257–263, 2010.
Freitas JV, et al. Perfil das reações transfusionais em pacientes pediátricos oncológicos. Revista de Enfermagem, Pernambuco, 2014.




