HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA transfusão sanguínea é um procedimento essencial na medicina, utilizado para repor componentes do sangue em pacientes com hemorragias, anemias graves, cirurgias e outras condições clínicas. Embora seja uma prática segura quando realizada corretamente, a transfusão envolve riscos que podem ser evitados com a adoção de protocolos rigorosos. Um desses protocolos é a dupla checagem, uma etapa crítica para garantir a segurança do paciente. Assim, a transfusão sanguínea é uma ferramenta indispensável na prática assistencial, devendo sempre ser conduzida com responsabilidade, conhecimento técnico e foco na segurança do paciente A dupla checagem é um procedimento onde dois profissionais de saúde conferem, de forma independente e criteriosa, todas as informações relacionadas à transfusão, como: nome completo do paciente; data de nascimento; filiação, ABO /Rh; número da bolsa de sangue; protocolos transfusionais e prescrição médica; Esse processo assegura que o sangue preparado seja transfundido no paciente certo, prevenindo falhas humanas e eventos adversos graves.
ObjetivosO principal objetivo da dupla checagem no processo transfusional é garantir a segurança do paciente por meio da verificação rigorosa de todas as etapas envolvidas na administração de hemocomponentes. Ao realizar essa checagem cruzada, busca-se prevenir erros humanos, como a transfusão de sangue incompatível, que podem resultar em reações adversas graves, incluindo reações hemolíticas e até óbito. Além disso, a dupla checagem assegura o cumprimento dos protocolos institucionais e das normas estabelecidas por órgãos reguladores, promovendo uma cultura de responsabilidade compartilhada e fortalecendo a qualidade e a segurança na assistência ao paciente.
Material e métodosLevantamento das RNC de falhas na dupla checagem e os principais motivos em diferentes hospitais atendidos pelo grupo em São Paulo.
ResultadosVerificado que tivemos casos aonde o paciente não foi identificado de forma correta, amostra com identificação incorreta, dupla checagem com o profissional do setor e paciente não realizada, transcrição incorreta dos dados ao sistema eletrônico e mapa transfusional, falhas na leitura da tipagem ABO/Rh, seleção e preparo não condizentes com o protocolo transfusional e falhas no treinamento.
Discussão e conclusãoA dupla checagem no processo transfusional representa uma estratégia essencial de segurança, sendo uma barreira eficaz contra erros evitáveis que podem comprometer gravemente a vida do paciente. Quando realizada de forma criteriosa e independente por dois profissionais habilitados, promove a identificação correta do receptor, a conferência precisa dos hemocomponentes e o cumprimento dos protocolos vigentes. No entanto, sua efetividade depende diretamente do comprometimento da equipe, da adesão institucional às boas práticas e da valorização da cultura de segurança. Diante disso, é imprescindível que os serviços de saúde invistam em capacitação contínua, sistematização dos processos e fortalecimento de uma assistência transfusional segura, ética e centrada no paciente.




