A doação de sangue é fundamental, pois não há substituto que supra plenamente os componentes sanguíneos. Manter estoques adequados exige estratégias eficazes para atrair e fidelizar doadores, o que demanda compreender os fatores que estimulam ou inibem esse ato. Campanhas bem planejadas configuram-se como ferramentas essenciais para despertar o interesse, devendo ser constantemente atualizadas de acordo com hábitos e costumes da população.

Identificar as principais motivações e barreiras relacionadas à doação de sangue.

Estudo de revisão de literatura com seleção de 11 artigos que atenderam aos critérios de inclusão.

• Em todos os estudos, solidariedade/altruísmo foi o principal motivador, frequentemente associado à possibilidade de salvar vidas. • A necessidade de familiares e amigos ocupou o segundo lugar em importância, sendo citada como razão direta para comparecimento aos postos de coleta. • Outros fatores, menos recorrentes, incluíram: benefícios próprios, curiosidade, reposição de estoques e senso de dever cumprido. • Campanhas de marketing e publicitárias tiveram efeito positivo, mas limitado, sendo mais eficientes quando acompanhadas de contato pessoal ou influência de amigos. • O atendimento respeitoso no ato da doação foi citado como elemento motivador, ajudando a reduzir medo e ansiedade. • As barreiras mais frequentes para não doar ou não retornar foram: medo, dor, ansiedade, preconceitos, falta de informação, inaptidão clínica, falta de tempo e distância dos locais de coleta. • Alguns estudos apontaram falhas nas campanhas por não esclarecerem adequadamente mitos e medos, além da percepção de falta de valorização social do doador. Apesar das diferentes metodologias, todos os estudos apontam a solidariedade/altruísmo como principal motivação, seguida pela solicitação de familiares ou amigos. Motivos menos frequentes, como benefícios pessoais e curiosidade, também influenciam e devem ser considerados. Barreiras recorrentes incluem medo, falta de tempo, desinformação, distância dos postos de coleta e inaptidão clínica. O conhecimento desses elementos deve orientar campanhas e estratégias para ampliar a fidelização de doadores altruístas e atrair novos doadores.