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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 3260
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HEREDOGRAMA FAMILIAR PARA EVENTOS DE TROMBOSE E PERDA DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA PRÉVIA NÃO SE CORRELACIONAM COM PERDA DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA RECÉM IMPLANTADA
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L Ferreira Alvesa, L Monteiro Tôrresa, V Camargo de Mota Sousaa, AC Pierote Rodrigues Vasconcelosa, AP Pereira Santana Lemesb, FJ Dutra de Mourab, LK Alves da Rochaa
a Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
b Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Doença Renal Crônica (DRC) tem prioridade em saúde pública devido à alta morbidade e mortalidade. A hemodiálise salva aqueles que estão no estágio final de doença renal. Existem várias causas para perda de FAV, entre elas, a trombose, que é responsável por 85% dos casos. Nesse contexto, foi aplicado o Heredograma Familiar (HedF), na busca de histórico de eventos de trombose familiar (HF+) e/ou eventos de perda de FAV pelo paciente (HFAV+).

Objetivos

Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a associação entre histórico familiar de trombose e/ou perda de FAV e a ocorrência de disfunção da fístula arteriovenosa em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise.

Material e métodos

Foram aplicados HedF e questionário para detectar HFAV+, além de revisão de prontuários, nos pacientes com DRC em HD no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os pacientes foram reavaliados 3 meses após o implante para verificar a funcionalidade da FAV. Aqueles pacientes com implante de FAV com menos de 3 meses não foram incluídos na análise, bem como aqueles submetidos ao transplante renal. Como método estatístico, foi aplicado o teste χ2 para comparação entre os pacientes com HF+ e/ou HFAV+ em relação ao grupo de pacientes com HF- e/ou HFAV- (negativa).

Resultados

40 pacientes que obedeciam aos critérios de elegibilidade, com idade acima de 18 anos, estavam em hemodiálise no HUB no período de aplicação dos questionários, isto é, entre 08/2023 e 02/2024. Deste total, 35% dos pacientes pertenciam ao sexo feminino, e 87,5% dos pacientes foram definidos como pertencentes à raça negra/parda. A principal causa da DRC identificada foi a hipertensão arterial sistêmica (90%). Além disso, apenas 25% dos pacientes com DRC foram ou são tabagistas. O tempo médio de FAV pérvia, no momento da aplicação do questionário, foi de 70,2 meses (8‒252 meses). Como análise final, não foi encontrada diferença estatística significante entre os pacientes que apresentam HF+ e/ou HFAV+ em relação aqueles com HF- e/ou HFAV- para a ocorrência de perda da atual FAV (p = 0,550).

Discussão e Conclusão

A simples obtenção de um HedF ou HFAV+, embora prática, não foi suficiente para detectar aqueles pacientes com risco potencial de perda de FAV. Isso sugere que talvez associar a pesquisa laboratorial para fatores trombofílicos pudesse tornar essa identificação mais crível, porém seria potencialmente dispendioso. Além disso, outras causas de perda de FAV, como a estenose, podem servir de fator de confusão ao se tentar fazer essa associação.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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