HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosO projeto de extensão Hemovigilância Ativa, desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará, campus Sobral, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de Sobral, surgiu como estratégia para aprimorar o processo de identificação e notificação de incidentes transfusionais.
ObjetivosDemonstrar ações de um projeto de extensão Hemovigilância Ativa, realizado pela Universidade Federal do Ceará, campus Sobral. Atuando na busca ativa de possíveis reações transfusionais em um hospital de ensino.
Material e métodosRelato de experiência sobre o projeto de extensão Hemovigilância Ativa, realizado com discentes de medicina capacitados em incidentes transfusionais e busca ativa, visando qualificar notificações às autoridades sanitárias. Após treinamento teórico baseado no manual do Ministério da Saúde e estágio prático na agência transfusional, os participantes realizaram entrevistas, analisaram prontuários e acompanharam transfusões para identificar reações não registradas, incorporando-as aos indicadores da Santa Casa de Misericórdia de Sobral. O projeto passou a incluir aplicativos digitais para organização e análise de dados, divulgação em redes sociais e capacitações internas, além de estimular a produção científica na área.
ResultadosA participação dos discentes resultou em maior conhecimento sobre hemoterapia e incidentes transfusionais, assim como maior acurácia na identificação de eventos adversos. As inovações tecnológicas contribuíram para a sistematização das informações e facilitaram a comunicação entre equipe acadêmica e hospitalar. A utilização do Instagram ampliou o alcance e a visibilidade do projeto, estimulando o interesse de outros estudantes e profissionais. As capacitações internas favoreceram a produção de trabalhos científicos e o fortalecimento das habilidades acadêmicas.
Discussão e conclusãoA legislação brasileira atribui aos serviços de hemoterapia e às unidades que realizam transfusões o dever de registrar, investigar e tomar medidas preventivas e corretivas diante de não conformidades, incluindo a notificação de eventos adversos às autoridades sanitárias, conforme previsto na Portaria de Consolidação n° 5/2017, Anexo IV. Ao integrar alunos no processo de hemovigilância, utilizando métodos tradicionais, tecnologias digitais e estratégias de divulgação científica, o projeto cumpre a função social da extensão universitária, promovendo desenvolvimento sustentável, transformação social e soluções inovadoras. A extensão universitária, obrigatória por lei e prevista no Plano Nacional de Educação, deve ocupar papel estratégico na formação médica. O desenvolvimento do projeto de hemovigilância em hospital de ensino, associado ao uso de ferramentas digitais, divulgação em redes sociais e capacitações internas, contribui tanto para o aprimoramento do aprendizado dos discentes quanto para o aumento da qualidade e fidedignidade das notificações ao NOTIVISA, fortalecendo a segurança transfusional.




