O presente estudo tem como objetivo descrever a prevalência de anticorpos irregulares antieritrocitários, de acordo com a faixa etária, em pacientes atendidos no laboratório municipal de saúde pública do Recife. Utilizou-se como metodologia um estudo descritivo com abordagem quantitativa. Foram coletados dados secundários do período entre agosto de 2017 a agosto de 2019. Foram analisados 1983 resultados de PAI, onde 22 (1,1%) pacientes apresentaram aloimunização, todos os que apresentaram teste positivo eram do sexo feminino. Destaca-se a faixa etária entre 15 e 19 anos, com 9 (41%) casos positivos, seguida por 10 (45%) casos na faixa etária entre 20 e 34 anos de idade, faixa essa onde, espera-se que maioria das gestações ocorra. Apenas 3 (14%) casos ocorreram em gestantes com mais de 35 anos. Uma maior prevalência de aloimunização em mulheres mais jovens, especialmente quando apresenta um percentual relevante na faixa etária de até 19 anos, parece refletir a precocidade e falta de planejamento da gravidez, ao mesmo tempo, a dificuldade de acesso à saúde, ou até mesmo, desprezo aos cuidados do pré-natal nessa população. Apesar da pouca idade, a aloimunização pode ter ocorrido devido a incompatibilidade em gestações anteriores, quando eram ainda mais jovens. Apesar de a produção de anticorpos antieritrocitários poder ter ocorrido devido à transfusão sanguínea prévia, sabe-se que na população em geral de mulheres, a probabilidade é pequena frente à gestação. Os resultados indicam necessidade de maior ênfase nas políticas de acesso ao pré-natal e conscientização da importância dos cuidados de saúde da gestante na faixa etária mais jovem. Sabe-se que as dificuldades nas relações sociais e familiares nessas condições podem adiar a informação da gestação e, até mesmo, impedir o acesso destas jovens ao pré-natal.
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