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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 561
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ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS DO DOADOR DE SANGUE COM FOCO NA HIDRATAÇÃO E ALIMENTAÇÃO
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ÉAS Moraes, JC Silva Junior
Grupo GSH, Recife, PE, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

As reações adversas à doação de sangue são raras e, geralmente, apresentam resolução rápida. Entretanto, quando acontecem, podem reduzir o desejo de uma doação subsequente e demandar de uma maior assistência da equipe de saúde médica e técnica com o doador de sangue. A aplicação de estratégias básicas no momento antes da doação de sangue pode ter repercussão positiva nos desfechos dos eventos adversos ao doador.

Objetivos

Avaliar a redução de eventos adversos no doador de sangue com a implantação de estratégias básicas quanto à hidratação e alimentação.

Material e métodos

Estudo retrospectivo, observacional e transversal através de dados do sistema informatizado do Banco de Sangue Hemato/GSH, em Recife-PE, no período de janeiro a junho de 2025. Foram avaliadas 2 amostras de doadores por conveniência, sendo a primeira referente ao período de janeiro a abril/25 e a segunda, maio a junho/25, que corresponderam aos períodos de antes e depois da implantação de estratégias básicas para redução dos eventos adversos do doador de sangue, respectivamente. As estratégias básicas aplicadas foram: assegurar a oferta hídrica antes da doação de sangue para todos os doadores; não substituir a refeição do almoço por lanche completo (sanduiche, fruta e suco); conferir inaptidão temporária para os que não tenham realizado almoço e orientar a doação após esta refeição; oferecer o lanche completo antes e após a doação para aqueles em que a última a alimentação aconteceu há mais de 3h ou que estejam em jejum pela manhã. Os dados foram analisados de maneira descritiva e apresentados através de tabelas e gráficos.

Resultados

Em 6 meses de estudo, ocorreram 10.582 doações de sangue, com predomínio do sangue total (94,6%; n=10.002), seguido de plaquetas (5,3%; n = 566) e hemácias por aférese (0,1%, n = 9). Os eventos adversos ocorreram apenas nas doações de sangue total, cuja taxa na amostra geral foi de 0,75%, sendo a reação vasovagal a manifestação mais comum. Ao avaliar separadamente as amostras de doadores de sangue antes e após a implantação das estratégias básicas para redução dos eventos adversos, foi evidenciada a queda da taxa de eventos adversos de 0,88% para 0,47%. Esta redução de eventos adversos à doação de sangue aconteceu apenas com as ações direcionadas à hidratação e alimentação do doador.

Discussão e conclusão

A taxa de eventos adversos do doador de sangue é baixa, porém quando ocorre repercute negativamente na experiência deste doador e no seu retorno ao Banco de Sangue. A implantação de estratégias básicas quanto à hidratação e alimentação demonstrou efetividade em reduzir em 50% a ocorrência desses eventos. Estratégias básicas, com foco em elementos já disponíveis no Banco de Sangue, são exequíveis e proporcionam uma doação mais segura e boa experiência ao doador de sangue.

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Referências:

  • Bodanese G, et al. Desenvolvimento de Ciclo de Melhoria para Redução do Indice de Reações Adversas em Doadores de Sangue. Hematol Transfus Cell Ther. 2024;46(S4):S729.

  • Ibrahim NN, et al. Prevalence and factors associated with vasovagal reaction among whole blood donors in hospital Universiti Sains Malaysia. Transfus Clin Biol. 2023;30(2):238-43.

  • Delamain MT, et al. Avaliação das Reações Adversas Apresentadas à Doação de Sangue: Uma Análise Retrospectiva. Hematol Transfus Cell Ther. 2023;45(S4):S726.

  • Moraes EAS, et al. Avaliação das Reações Adversas à Doação de Sangue em um Serviço Privado de Saúde. Hematol Transfus Cell Ther. 2023;45(S4):S662-S663.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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