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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 480
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ECTASIA VASCULAR DO ANTRO GÁSTRICO (GAVE) EM ADOLESCENTE: DESAFIO DIAGNÓSTICO E IMPORTÂNCIA DA TERAPIA TRANSFUSIONAL NO SUPORTE AO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO
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EFG dos Santos, PMN Teixeira, ECRG Batalini, JC Gazola
Santa Casa de Ourinhos, Ourinhos, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Ectasia Vascular do Antro Gástrico (GAVE), também conhecida como “estômago em melancia”, é uma causa incomum de sangramento gastrointestinal crônico ou agudo. Geralmente acomete pacientes idosos com doenças hepáticas ou autoimunes, sendo rara em adolescentes. O diagnóstico é realizado por meio de Endoscopia Digestiva Alta (EDA), que revela listras avermelhadas longitudinais na mucosa gástrica. O tratamento inclui abordagem endoscópica e suporte clínico, incluindo transfusões, fundamentais para estabilização do paciente até resolução do quadro hemorrágico.

Objetivos

Relatar um caso de GAVE em paciente jovem, destacando: A raridade do diagnóstico nessa faixa etária; A importância da confirmação endoscópica; O papel fundamental da terapia transfusional na manutenção da estabilidade clínica para tratamento endoscópico eficaz.

Material e métodos

Relato de caso clínico realizado a partir da análise retrospectiva do prontuário de um paciente do sexo masculino, 17 anos, admitido com quadro de hematêmese e sintomas sistêmicos. Os dados foram coletados durante sua internação, intervenções diagnósticas e terapêuticas realizadas, evolução clínica e resposta ao tratamento.

Discussão e conclusão

O paciente foi admitido com quadro de sangramento digestivo alto e sintomas sugestivos de virose, sendo inicialmente suspeita de dengue. Com evolução para melena, foram administradas transfusões de concentrado de hemácias e crioprecipitado. Após EDA, foi diagnosticada GAVE. O tratamento incluiu sessões endoscópicas com Hemospray, escleroterapia e coagulação com plasma de argônio. O uso de Octreotide também foi necessário. Durante os 12 dias de internação, foram transfundidas 16 unidades de concentrado de hemácias, 21 de plaquetas e 23 de crioprecipitado. O paciente teve alta hospitalar com seguimento ambulatorial, evoluindo satisfatoriamente até a alta definitiva. O caso descrito evidencia a importância da suspeita clínica e diagnóstico precoce de GAVE mesmo em pacientes fora do perfil epidemiológico comum. A atuação integrada entre equipe clínica, endoscopista e agência transfusional foi essencial para o manejo da hemorragia e recuperação do paciente. O suporte transfusional permitiu estabilidade hemodinâmica, possibilitando a realização das terapias endoscópicas de forma segura e eficaz. Ressalta-se a necessidade de manter estoques de hemocomponentes adequados para atendimentos emergenciais, especialmente em instituições que realizam terapias de alta complexidade.

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Referências:

  • 1.

    Sethi A, Sharma NR, Cohen J, et al. Gastric antral vascular ectasia: management and treatment options. World J Gastroenterol. 2023;29(3):360–372. doi:10.3748/wjg.v29.i3.360.

  • 2.

    Salgueiro M, Torres J, Oliveira L, et al. Endoscopic Management of GAVE: Comparative Effectiveness of Argon Plasma Coagulation and Hemospray. GE Portuguese Journal of Gastroenterology. 2022;29(4):243-248.

  • 3.

    National Blood Authority Australia. Patient Blood Management Guidelines: Module 3 – Medical. 2023. Disponível em: https://www.blood.gov.au/pbm-module-3.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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