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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1912
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É POSSÍVEL A APLICABILIDADE CLÍNICA PARA AS NOVAS DEFINIÇÕES DE SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE?
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TG Salgado, LF Alves, VS Baltieri, TMN Caldas, GLdS Cordeiro, GPN Goequing, LLdR Matos, VTdR Matos, FRG Siqueira, LKAd Rocha
Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Síndrome Antifosfolípide (SAF) é uma condição autoimune caracterizada por trombose (arterial ou venosa), complicações gestacionais e manifestações não trombóticas, associadas à presença persistente de anticorpos antifosfolípides. Fosfolípides como fosfatidilcolina, esfingomielina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina, fosfatidilinositol e cardiolipina desempenham papel estrutural essencial nas membranas celulares e, juntamente com proteínas de ligação e fatores de coagulação, constituem os principais alvos imunológicos na SAF. Os critérios diagnósticos clássicos incluem os isotipos IgG ou IgM de anticorpos anticardiolipina, anti-β2 glicoproteína I e o anticoagulante lúpico. Contudo, há pacientes com manifestações clínicas típicas e ausência desses anticorpos, caracterizando a SAF soronegativa.

Objetivos

O presente artigo tem como objetivo avaliar a aplicabilidade clínica dos novos critérios de classificação da síndrome antifosfolípide e discutir as limitações no diagnóstico de pacientes com manifestações clínicas típicas, incluindo casos de SAF soronegativa.

Material e métodos

Foi realizada uma revisão na base PubMed, partir de 2023. Utilizaram-se os descritores “antiphospholipid syndrome AND Diagnostic Criteria”. A busca inicial identificou 103 resultados. Após exclusão de relatos e séries de casos, foram selecionados 10 estudos relevantes, por abordarem a aplicabilidade clínica dos novos critérios de classificação da SAF.

Discussão e Conclusão

Os critérios de Sapporo (1999, atualizados em 2006) foram os primeiros a combinar critérios clínicos e laboratoriais, exigindo ao menos um de cada para diagnóstico. No entanto, foram criados para fins classificatórios e não diagnósticos. Em 2023, o American College of Rheumatology (ACR) e a European Alliance of Associations for Rheumatology (EULAR) propuseram novos critérios, com sistema de pontuação que exige pelo menos 3 pontos combinando manifestações clínicas e laboratoriais. Tais critérios incluem elementos antes não considerados, buscando maior especificidade para inclusão em estudos. Apesar disso, pacientes com manifestações clínicas típicas podem não atingir a pontuação mínima exigida. Assim, os novos critérios são úteis para padronização em pesquisas, mas têm aplicação limitada na prática clínica. Os critérios de 2023 (ACR/EULAR) contribuem para maior especificidade em estudos sobre SAF, mas ainda carecem de aplicabilidade clínica ampla. Pacientes com manifestações típicas, porém com sorologia negativa ou critérios insuficientes, não devem ter o diagnóstico descartado. A avaliação clínica continua essencial, especialmente nos casos com manifestações atípicas ou SAF soronegativa.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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