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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1104
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DESAFIOS PARA A ADESÃO AO ACOMPANHAMENTO DOS SOBREVIVENTES DE HEMOPATIAS MALIGNAS NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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IU Menegazzo, DGdB Araújo, SCC da Silva, GG Angeli, ED Otto, L Martinello, F Verkruessen
Universidade da Região de Joinville (Univille), Joinville, SC, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O número de sobreviventes de hemopatias malignas infantis aumentou significativamente nas últimas décadas, principalmente devido aos avanços no diagnóstico e terapias oncológicas. Concomitantemente, mais de 95% dos pacientes desenvolvem condições crônicas de efeitos tardios do tratamento, porém menos de 20% recebe acompanhamento adequado.

Objetivos

Este estudo tem como objetivo identificar e analisar, com base na produção científica atual, as barreiras que dificultam o acompanhamento médico após o final do tratamento oncológico de um paciente pediátrico.

Material e métodos

Trata-se de uma revisão integrativa dos últimos 10-anos, a partir dos descritores em saúde “adherence barriers”, “child cancer” e “follow-up”. Os sítios de busca foram PubMed, BVS e ScienceDirect.

Discussão e conclusão

Observa-se a carência de um fluxo de cuidado para direcionar e determinar as condutas pós-tratamento. Mais além, a falta de centros e médicos especialistas em efeitos tardios, principalmente em regiões interioranas, contribui para a baixa adesão ao seguimento das consultas de vigilância. As dificuldades financeiras para manter o acompanhamento médico, os obstáculos de agendamento, transporte e custos associados, junto à ausência de plano ou sistema de saúde público e distância dos hospitais são alguns dos principais desafios. Ademais, muitos jovens adultos sobreviventes relatam não entender a importância do seguimento, além de sentirem falta de orientações para os cuidados prolongados. Sobreviventes com maior percepção de controle sob a situação, devido ao entendimento do caso, tendem a aderir com mais frequência ao acompanhamento a longo prazo, e a quantidade de informações compartilhadas com os familiares e responsáveis sobre a importância do acompanhamento se torna um fator contribuinte para uma boa adesão. Enfatiza-se a dificuldade de lidar com o sistema de saúde, contribuindo para a baixa adesão ao acompanhamento ao longo do tempo. Ainda mais, é imprescindível a equipe médica compartilhar informações sobre o caso ao paciente e familiares, a fim de compreensão da importância do seguimento. Desse modo, existe a urgência de criar modelos de cuidado mais acessíveis, integrados e personalizados, que ofereçam orientação e suporte a longo prazo, conforme a necessidade dos sobreviventes de hemopatias malignas na infância.

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Referências:

  • Ross W, et al. Design and methods of a multi-level intervention to improve adherence to childhood cancer surivorship care by partnering with primary care providers: the BRIDGES randomized controlled trial. Contemporary Clinical Trials. vol 152, mai 2025.

  • Cai J, et al. Accessibility of and barriers to long-term follow-up care for childhood cancer survivors. Jama Netw Open. 2024;7(10):e2440258.

  • Rossell N, Olarte-Sierra F, Challinor J. Survivors of childhood cancer in Latin America: role of foundations and peer groups in the lack of transition processes to adult long-term follow-up. Cancer Reports. 2021;5(6):e1474.

  • Tinsley H, et al. Barriers to long-term follow-up in pediatric Hodgkin lymphoma survivors. Pediatr Blood Cancer. 2024;71(4):e30855.

  • Smits-Seemann R, et al. Barriers to follow-up care among survivors of adolescent and young adult cancer. J Cancer Surviv. 2017;11(1):126-32.

  • Ekaterina A, et al. Follow-up care needs and motivational factors for childhood cancer survivors and their parents in Germany. Scientific Reports. 2025;15(972).

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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