Compartilhar
Informação da revista
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1335
Acesso de texto completo
COMPARAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO E SOBREVIDA ENTRE PACIENTES JOVENS E IDOSOS COM LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA TRATADOS COM QUIMIOTERAPIA INTENSA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO RIO DE JANEIRO
Visitas
17
S Jacintho Silva, C Gonçalves Pessanha, SI Linnemann Kilgore, L Leite da Silva Pires Domingues, L Silva de Souza, C de Andrade Leite, G de Almeida Buarque Bretas, A Ribeiro Soares, C Solza, R Lyrio Rafael Baptista
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Resume
Texto Completo
Baixar PDF
Estatísticas
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

Mais dados
Introdução

O tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA) para pacientes fit consiste em quimioterapia intensa com intuito curativo, mas a toxicidade relacionada ao tratamento é uma preocupação.

Objetivos

Comparar o perfil clínico-epidemiológico, resposta ao tratamento e sobrevida de pacientes com LMA com mais e menos de 60 anos em um hospital universitário no Rio de Janeiro.

Material e métodos

Métodos: Estudo observacional e retrospectivo de pacientes com LMA submetidos à quimioterapia intensa acompanhados no Hospital Universitário Pedro Ernesto de 01/01/2010 a 01/12/2024. Coleta de dados de prontuário. Analisadas características demográficas, clínicas e de tratamento por estatística descritiva. Sobrevida Global (SG) e Sobrevida Livre de Evento (SLE) foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier e comparadas pelo método de log rank.

Resultados

Avaliados 63 pacientes com LMA submetidos à quimioterapia intensa. 5,9% dos pacientes com mais de 60 anos apresentaram risco citogenético alto, comparados a 14% dos jovens. 52,9% pacientes com mais de 60 anos não apresentavam comorbidades versus 69% dos jovens. 9 (52,9%) dos pacientes com mais de 60 anos alcançaram remissão completa e 24 (55,8%) dos jovens. 5,9% dos pacientes com mais de 60 anos foram submetidos a transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico após a primeira remissão, em comparação a 20,9% dos jovens. 35,5% dos pacientes com mais de 60 anos tiveram óbito precoce e 20,9% dos jovens. A mediana de SG e SLE em idosos e jovens foi de 5,0 e 6,9 meses e 5,0 e 6,3 meses respectivamente (p 0,4 e p 0,3)).

Discussão e conclusão

Discussão: Pacientes idosos com LMA apresentam pior desfecho clínico com menor SG e SLE, comparados àqueles jovens porque apresentam mais comorbidades e maior incidência de doença de alto risco genético que confere resistência ao tratamento quimioterápico. Pacientes idosos também apresentam maior incidência de óbito precoce pela fragilidade associada a comorbidades. Contudo, os resultados encontrados na nossa coorte foram diferentes dos reportados na literatura. Tanto os pacientes idosos como os jovens presentaram SLE e SG inferiores ao da literatura internacional o que pode estar relacionado ao diagnóstico tardio no contexto SUS. E merece especial atenção a população jovem que apresentou alta taxa de recaída de doença e morte o que pode estar relacionado a acesso em tempo inadequado a consolidação com TCTH alogênico de medula óssea no contexto SUS, procedimento essencial no tratamento das leucemias agudas de risco genético não favorável.

Conclusão

Os achados na nossa coorte confirmam o desfecho clínico inferior no idoso. Contudo, a baixa sobrevida em jovens exige especial atenção. Nossos achados sugerem ser essencial ampliar o acesso a exames diagnósticos e prognósticos precocemente, além de garantir suporte adequado e ampliação do número de leitos para transplante de medula óssea no sistema único de saúde (SUS) no Rio de Janeiro para garantir suporte mais individualizado e melhores desfechos.

Texto Completo

Referências:

Döhner H, Wei AH, Appelbaum FR, Craddock C, DiNardo CD, Dombret H, et al. Diagnosis and management of AML in adults: 2022 ELN recommendations from an international expert panel. Blood. 2022;140(12):1345-77. doi:10.1182/blood.2022016867.

Shimony S, Stahl M, Stone RM. Acute myeloid leukemia: 2025 update on diagnosis, risk-stratification, and management. Am J Hematol. 2025;100(5):655-72. doi:10.1002/ajh.27256.

Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas