Compartilhar
Informação da revista
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2121
Acesso de texto completo
ATIPIAS LINFOCITÁRIAS E SINAL DE HOAGLAND COMO ÚNICAS MANIFESTAÇÕES DE MONONUCLEOSE INFECCIOSA EM CRIANÇA
Visitas
56
JC Nunesa, LN Gomesb, BN Gomesa, ALN Da Silvac, SMS Alvesd, NMS Alvese, JGA Moreiraa, RC Cavalcante Filhoa, AS Pereiraa, GF Figuêiredof
a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil
b Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Recife, PE, Brasil
c Centro de Educação Unipê, João Pessoa, PB, Brasil
d Complexo Pediátrico Arlinda Marques, João Pessoa, PB, Brasil
e Faculdade de Medicina Nova Esperança (FAMENE), João Pessoa, PB, Brasil
f Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Resume
Texto Completo
Baixar PDF
Estatísticas
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

Mais dados
Introdução

A mononucleose infecciosa (MI) é uma doença transmissível, cuja principal etiologia é infecção primária pelo vírus Epstein-Barr (EBV), que afeta principalmente crianças e jovens até 25 anos de idade. As manifestações clínicas são variadas, destacando-se a tríade: febre, faringite ou amigdalite com exsudado e linfoadenomegalias, principalmente de cadeias cervicais posteriores, e outras manifestações como acometimento hepático, esplênico e rush cutâneo podem estar presentes. A doença tem evolução benigna na maioria das vezes, porém complicações neurológicas podem raramente aparecer, sobretudo meningoencefalite, paresia de nervos cranianos, meningite, cerebelite aguda síndrome de Guillain-Barré e mielite transversa. O trabalho tem como objetivo relatar um caso de mononucleose infecciosa com apresentação paucissintomática em criança.

Descrição do caso

Pré-escolar masculino, 4 anos de idade, apresentou edema palpebral bilateral 2 dias antes da chegada ao serviço, negando febre, linfoadenomegalia, faringo-amigdalite, recusa alimentar. Ao exame físico a criança tinha bom estado geral, normocorado, presença de edema palpebral bilateral, compatível com sinal de Hoagland, não apresentando hepatomegalia e/ou esplenomegalia. Hemograma com hemoglobina 12.4 g/dl e leucometria de 17.000/mm3 com linfocitose relativa e absoluta e com presença de 42% de linfócitos atípicos no esfregaço de sangue periférico. Foram realizadas sorologias por ELISA para Epstein-Barr, cujo resultado foi IgM 21 S/CO, o que sugere infecção aguda ou recente por ser superior a 1,00 S/CO. As sorologias para citomegalovírus, Toxoplasma gondii, HIV, herpes vírus humano 6 (HHV-6), o herpes simplex vírus tipo 1 (HSV-1), também foram realizadas, porém IgM não reagentes, por estarem inferiores ao valor de referência. A criança foi acompanhada ambulatorialmente por 4 semanas e não apresentou outras manifestações clínicas, nem laboratoriais e com redução gradual das atipias linfocitárias.

Conclusão

Dados da literatura colocam a febre como o sinal predominante na doença e nas crianças pode ser mais baixa do que em adultos, porém a criança não apresentou relato de febre e sim de edema palpebral (sinal de Hoagland), o qual pode estar presente em apenas aproximadamente um terço dos casos. Em crianças com menos de cinco anos pode haver linfocitose atípica de grande monta, e essa característica de atipia foi o que deu relevância a pesquisa pela etiologia. A importância do diagnóstico se faz maior pelo fato da excreção oral do EBV poder estender-se em até 18 meses após o início da doença, com eliminação constante ou intermitente no ambiente, o que contribui para epidemias entre crianças e jovens. Em crianças menores de 5 anos a mononucleose infecciosa pode ser paucissintomática e os achados de sangue periférico sempre contribuem para diagnóstico, sendo, portanto, importante diante de atipias linfocitárias no hemograma, procurar identificar outros sinais clínicos da doença e estabelecer diagnóstico etiológico.

Texto Completo

Referências:

Da Silva, Vanessa Yuri Nakaoka Elias, et al. Mononucleose infecciosa-uma revisão de literatura. Uningá Review. 2013;16(1).

Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas