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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1107
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ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO NO MARANHÃO: UM PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO, 2014-2024
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LAP Lopesa, MM Sampaiob, LBM de Andradec, LCM Sampaiod, LMA Pereirae, FF Soares Filhoe, ADS Ferreiraf, BAK da Silvaf, SCM Monteirog
a Universidade Ceuma (CEUMA), São Luís, MA, Brasil
b Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Poços de Caldas, MG, Brasil
c Afya Centro Universitário Uninovafapi (UNINOVAFAPI), Teresina, PI, Brasil
d Afya Itabuna (AFYA), Itabuna, BA, Brasil
e Laboratório Gaspar (GASPAR), São Luís, MA, Brasil
f Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Parnaíba, PI, Brasil
g Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Organização Mundial da Saúde reconhece que a deficiência de ferro e a anemia ferropriva são as principais deficiências nutricionais em todo o mundo, com 30% da população sendo afetada por essas condições.

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico das internações por anemia causadas por deficiência de ferro na população maranhense.

Material e métodos

Trata-se de um estudo descritivo com dados do número de internações entre o período de 2014 a 2024 disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram avaliadas as variáveis sexo, faixa etária e cor/raça. Os dados foram tabulados no programa Excel e analisados em formato de proporção. Por serem dados secundários de domínio público, dispensa-se a aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

No Brasil, no período de 2014 a 2024, foram notificados 135.980 casos de anemia por deficiência de ferro. No Maranhão, foram notificadas 3.982 internações (2,93%), dos casos notificados no período, com 2.310 sendo do sexo feminino (58%) e 1.672, do sexo masculino (42%). A faixa etária predominante foi a de 20 a 39 anos (23,68%), e a cor/raça parda apresentou o maior número de casos (60,69%).

Discussão e conclusão

O ferro desempenha um papel fundamental em muitos processos fisiológicos, incluindo a produção de energia, o transporte de oxigênio pela hemoglobina nos glóbulos vermelhos, a síntese de DNA e as reações de oxirredução. No presente estudo, as faixas etárias mais prevalentes foram os adultos, embora não haja diferença significativa de proporção entre as faixas etárias analisadas; segundo a OMS, a anemia ferropriva é mais comum em crianças. A maior prevalência no sexo feminino possui consequências substanciais para a saúde da mulher, incluindo diminuição da capacidade de trabalho e produtividade, bem como impacto negativo na gestação. Segundo o Global Burden of Diseases Study (2017), a deficiência de ferro é a quarta causa de anos vividos com incapacidade entre as mulheres. O maior número de casos foi em pardos, condizente com a formação da população maranhense e com a literatura que enfatiza que este tipo de anemia se desenvolve principalmente em pretos e pardos. Porém, houve um grande número de casos sem informação, o que representa uma limitação ao avaliar essa variável. Os dados apresentados demonstraram que a anemia por deficiência de ferro no Maranhão, no período de 10 anos, ocorreu predominantemente em pacientes em faixa etária adulta, do sexo feminino e pardos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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