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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2275
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AÇÕES SOCIOCULTURAIS E EDUCATIVAS COMO ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO À PESSOA COM DOENÇA FALCIFORME: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EM BELÉM DO PARÁ
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CSMDSM Santos
Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará, Belém, PA, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A doença falciforme (DF) é uma enfermidade genética de grande impacto na saúde pública brasileira, com alta prevalência entre a população negra e parda. Apesar de sua relevância epidemiológica, ainda é marcada por invisibilidade social, desconhecimento e desigualdade no acesso aos cuidados em saúde. A promoção do cuidado humanizado, aliada a ações educativas e socioculturais, contribui para a inclusão social, o fortalecimento de vínculos e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Objetivos

Relatar a experiência de organização e realização de um evento alusivo ao Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, em Belém do Pará, com foco na inclusão sociocultural, educação em saúde e humanização do cuidado.

Material e métodos

Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, realizado por equipe multiprofissional da Fundação HEMOPA, a partir da organização de uma ação educativa e recreativa voltada a pessoas com DF, familiares e cuidadores. A atividade ocorreu em junho de 2025, em espaço cultural do estado, com estrutura adaptada à diversidade dos participantes. A iniciativa integrou o projeto de humanização do ambulatório de atenção hematológica da instituição e contou com parcerias intersetoriais. Por não envolver coleta de dados ou intervenção direta sobre os participantes, o relato segue os princípios éticos da Resolução n° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, garantindo o respeito à privacidade, dignidade e confidencialidade dos envolvidos.

Resultados

Participaram do evento 95 usuários (entre pacientes e familiares) e 20 profissionais da equipe organizadora. A programação incluiu brinquedoteca, teatro de bonecos, jogos interativos, apresentações musicais e acesso a espaços como fonoteca, cinema e teatro. A estrutura do evento favoreceu a inclusão de diferentes faixas etárias e condições físicas. A logística foi viabilizada por parcerias: a Fundação Cultural Tancredo Neves (CENTUR) cedeu o espaço; a empresa Transcurumim garantiu o transporte dos usuários; e a Faculdade Fibra contribuiu com apoio técnico e institucional, reforçando a articulação ensino-serviço. A ação promoveu momentos de acolhimento, lazer, aprendizado e fortalecimento dos vínculos entre usuários e profissionais de saúde.

Discussão e conclusão

A experiência demonstrou o potencial transformador das ações socioculturais e educativas na construção de um cuidado mais sensível e centrado na pessoa. Ao considerar os determinantes sociais da saúde e os aspectos biopsicossociais dos participantes, a iniciativa favoreceu o bem-estar emocional, a adesão ao tratamento e o sentimento de pertencimento. A atuação integrada da equipe multiprofissional e das instituições parceiras foi essencial para o êxito da ação. Estratégias como essa ampliam a visibilidade da DF, rompem barreiras sociais e reforçam a importância da humanização no contexto do SUS. Eventos com enfoque sociocultural e educativo representam estratégias eficazes para a humanização do cuidado à pessoa com DF. A experiência descrita reforça a importância de práticas integradas e intersetoriais no enfrentamento das desigualdades em saúde, contribuindo para a consolidação de um modelo de atenção mais acolhedor, equitativo e responsivo às necessidades dos usuários.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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