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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S327 (Outubro 2021)
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POLIMORFISMOS DE CITOCINAS E ALELOS HLA-DRB1 EM PACIENTES COM SÍNDROME MIELODISPLÁSICA E POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO COM A ALOIMUNIZAÇÃO ERITROCITÁRIA
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MFM Siriannia, TH Costaa, LD Santosa, MG Aravechiaa, L Castilhob, JM Kutnerb, LC Martib, CB Bubb
a Sociedade Beneficente Israelita Hospital Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
b Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Introdução

A transfusão de sangue é uma terapia vital no tratamento e prevenção de algumas complicações das síndromes mielodisplásicas (SMD). No entanto, apesar das transfusões de concentrados de hemácias melhorarem significativamente a qualidade de vida nesta população de pacientes, sua utilização é limitada devido à frequente ocorrência de aloimunização, uma complicação grave em pacientes com SMD que pode resultar em Reação Transfusional Hemolítica Tardia (RTH). Entretanto, nem todos os pacientes desenvolvem anticorpos após exposição à transfusão de hemácias. A hipótese é de que os pacientes aloimunizados representem um ou mais grupos geneticamente distintos dotados de suscetibilidade aumentada à sensibilização aos antígenos eritrocitários. Estudos têm mostrado que o processo de aloimunização aos antígenos eritrocitários pode ser modulado a cada passo por fatores adquiridos e/ou genéticos, embora a importância destes fatores na aloimunização de pacientes mielodisplásicos não tenha sido ainda completamente elucidada. Testes pré-transfusionais que poderiam auxiliar a predizer antecipadamente quais pacientes irão desenvolver aloanticorpos eritrocitários são necessários.

Objetivos

Esse estudo teve como objetivo identificar marcadores genéticos de risco para a aloimunização eritrocitária.

Métodos

Foi realizada a genotipagem de polimorfismos de nucleotídeo único em genes de citocinas em 117 pacientes, sendo 30 pacientes não politransfundidos e não aloimunizados, 59 pacientes politransfundidos e não aloimunizados e 28 pacientes politransfundidos e aloimunizados. Foram realizadas genotipagens de polimorfismos das citocinas IL-1B, IL-4 intron 3 VNTR, IL4-590, IL-6, IL-10 e IL17-A, IL17-F e HLA classe II, além de genotipagem para alelos de grupos sanguíneos eritrocitários, onde os resultados foram comparados entre grupos e controle.

Resultados

Em relação ao perfil transfusional e aloimunização, segregamos os grupos em não politransfundidos e não aloimunizados (23,9%), politransfundidos e não aloimunizados (50,4%) e politransfundidos, aloimunizados (25,6%), sendo que os principais aloanticorpos identificados foram contra antígenos Rh e K. Foi possível estabelecer uma correlação significativa entre IL17A–197G/A e aloimunização eritrocitária. O alelo A e genótipo AA foram significativamente mais frequentes em PA em relação ao grupo PNA (alelo A, 27,1% vs. 46,4%, p = 0,012; OR = 2,3; 95% IC 1,1–4,9; genótipo AA, 6,8% vs. 25%, p = 0,041; OR = 6,2; 95% IC 1,3–30,8). Além disso, uma associação significativa de aloimunização para antígenos Rh com o alelo IL17-A e genótipo AA também foi identificada no grupo PA (alelo A, 27,1% vs. 45%, p = 0,036; OR = 2,5; 95% IC 1,1–5,7; genótipo AA, 6,8% vs. 30%, p = 0,042; OR = 7,9; 95% IC 1,5–42,3).

Conclusões

O presente trabalho não mostrou associação em relação aos alelos HLA-DRB1 para risco ou proteção de aloimunização eritrocitária; entretanto, o SNP IL17A – 197G/A foi significativamente associado ao risco de aloimunização de hemácias em pacientes brasileiros com SMD.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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