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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S119 (Outubro 2021)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E TRATAMENTO DE PACIENTES COM LINFOMA DE CÉLULAS T NO BRASIL
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1369
AL Silva, LO Mota, PPC Assayag, AJME Silva, EN Pinheiro, GSC Reis, LMS Castro, PGN Gonçalves, RMPD Santos, AVSVD Berg
Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
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Objetivos

Determinar o perfil epidemiológico e as modalidades de tratamento de pacientes com linfoma de células T (ATL) no Brasil.

Materiais e métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e transversal, de caráter retrospectivo, com dados referentes ao período de 2013 a 2021 no Brasil, obtidos pelo DATASUS e pelo PAINEL – oncologia acerca dos dados epidemiológicos e sobre o tratamento da doença, foram selecionadas variáveis como: quantidade total, sexo, faixa etária e modalidade terapêutica.

Resultados

Foram identificados 2.368.358 pacientes com linfoma de células T no país, dos quais 1.299.975 (54,88%) sendo do sexo feminino e 1.068.383 (45,11%) do sexo masculino, com idade variando de 0 a 80 anos e mais, dos quais a faixa etária mais acometida foi entre 60 e 69 anos com 619.459 (26,15%) pacientes. Em relação ao ano de tratamento, 2019 foi o ano com maior quantidade registrada com 287.158 (12,12%), 2020 em seguida com 272.834 (11,51%) e 2021 com apenas 106.111 (4,48%). Além disso, em menção à modalidade terapêutica, a maioria quimioterápica com 829.912 (35%), em seguida a cirúrgica com 509.813 (21,5%), radioterápica com 332.419 (14%).

Discussão

A principal etiologia dessa neoplasia é em decorrência da infecção pelo vírus HTLV, em relação a prevalência mundial, estima-se que 20 milhões de pessoas são infectadas por esse vírus e a incidência desse tipo câncer é de 8,7 a cada 10 mil portadores do patógeno, com uma tendência maior nos últimos anos. Em relação ao perfil epidemiológico, revisões de literatura apontam maior prevalência em mulheres e em faixas etárias mais tardias, dado que principalmente na América Latina o diagnóstico não é realizado precocemente, somado ao fato do vírus HTLV ser mais predominante nessa população. Além disso, no processo fisiopatológico há um período de latência do vírus em torno de 30 a 50 anos, gerando sinais e sintomas muitos anos após o contato com o vírus. A modalidade de tratamento varia de acordo com a gravidade do caso, sendo a quimioterapia a de maior representatividade em muitos estudos, tal acontecimento se deve ao fato de que a taxa de resposta a esse tratamento é em torno de 40%, o que corrobora com os resultados encontrados nesse estudo.

Conclusão

Dessa forma, percebe-se que o linfoma de células T é mais prevalente no sexo feminino e na faixa etária entre 60 e 69 anos e que a principal modalidade terapêutica observada foi quimioterápica com maior quantidade registrada no ano de 2019.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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