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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S12-S13 (Outubro 2021)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR ANEMIA FERROPRIVA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
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KG Frigottoa, GSB Garciab, G Sadigurschia, CFDS Tiagoa, VRA Valviessea
a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (UNIGRANRIO), Duque de Caxias, RJ, Brasil
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Vol. 43. Núm S1
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Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes internados por anemia por deficiência de ferro no município do Rio de Janeiro.

Material e métodos

Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados referentes às internações por anemia por deficiência de ferro realizadas no município do Rio de Janeiro (RJ), no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2020. Os dados foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) e as variáveis selecionadas foram: sexo, faixa etária e taxa de mortalidade a cada 100 internações. O programa Microsoft Excel foi utilizado para tabulação e análise dos dados.

Resultados

Foram analisados dados da internação de 533 pacientes. Em relação ao sexo, 62,85% (n = 335) eram do sexo feminino e 37,15% (n = 198) do masculino. As faixas etárias com maior número de internações foram 60-69 anos (20,45%) e 70-79 anos (17,45%). As faixas etárias que apresentaram menor número de internações foram: 5 a 9 anos (0,75%), e menor que 1 ano (0,94%). Durante o período estudado a taxa média de mortalidade nas internações foi de 6,38%, sendo mais elevada no sexo masculino (10,10%), e nas seguintes faixas etárias: 70-79 anos (11,83%), e 60 a 69 anos (11,01%).

Discussão

A anemia ferropriva é a doença nutricional de maior prevalência no mundo. Pode ser causada por escassez ou pelo aumento da necessidade de ferro, por perda crônica de sangue ou por defeitos na absorção. Em relação ao perfil epidemiológico, a literatura cita que a incidência da anemia ferropriva é maior nas mulheres, o que também foi observado neste estudo. Isso pode ser explicado pelas perdas sanguíneas menstruais e pelo aumento do consumo de ferro nas gestantes e lactantes. Quanto à faixa etária, estudos citam que a prevalência é maior nas crianças e adolescentes, por serem períodos de maior demanda pelo crescimento. Já nos idosos, é necessária a investigação de perda de sangue por neoplasia intestinal, o que explica a maior taxa de internação nas faixas etárias mais avançadas apesar de não ser a com maior incidência de anemia ferropriva. A literatura cita que a taxa de mortalidade em pacientes com anemia ferropriva é maior em faixas etárias mais avançadas, onde as causas dessa alteração geralmente são doenças inflamatórias do trato gastrointestinal, uso de medicações anti-inflamatórias, infecções ou câncer colorretal. Tais dados estão de acordo com as maiores taxas de mortalidade nas internações na faixa de 70-79 anos observadas neste estudo. Cabe ressaltar que o SIH/SUS não dispõe nos registros dados referentes às etiologias da anemia ferropriva. Esta limitação impede uma avaliação mais detalhada acerca do perfil epidemiológico dessa doença, visto que cada etiologia possui características distintas que impactam no prognóstico e desfecho do paciente.

Conclusão

Foi observado que as internações por anemia ferropriva predominam no sexo feminino, porém o sexo masculino apresentou uma maior taxa de mortalidade. As faixas etárias mais avançadas apresentaram maior número de internações, como também maior taxa de mortalidade nas internações. Tais dados reforçam a necessidade da investigação dos quadros de anemia ferropriva, principalmente em faixas etárias mais avançadas. É necessário maior detalhamento das etiologias de anemia ferropriva no registro dos dados no SIH/SUS, pois cada doençapossui um comportamento e perfil epidemiológico distinto.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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