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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S118-S119 (Outubro 2021)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ E A PREVALÊNCIA DAS MUTAÇÕES GENÉTICAS
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AKT Coelho, AC Michels, A Fáveri
Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI), Rio do Sul, SC, Brasil
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A Leucemia Linfoide Crônica (LLC) é a doença hematológica maligna crônica mais comum no ocidente. O objetivo foi identificar o perfil epidemiológico, prevalência de mutações genéticas IGVH e 17p e o prognóstico dos pacientes portadores de LLC na região do Alto Vale do Itajaí. É um estudo transversal, descritivo retrospectivo realizado em uma clínica de referência regional dos anos de 2017 a 2020. Foi analisado o perfil epidemiológico, subtipo da doença, estadiamento clínico pelo BINET, RAI e LCC-IPI, presença de mutação genética e óbito de 36 pacientes. A totalidade dos pacientes tem LLC tipo B, igualmente distribuído conforme o sexo, a idade média foi de 73,67, o munícipio com mais casos é Rio do Sul (33,3%). Com relação ao prognóstico, prevaleceu BINET A (61,1%), RAI 0 (50%) e LCC-IPI de alto risco (44,4%). Um paciente (2,8%) apresentou mutação do 17p e 33,3% não tinham mutação do IGVH. A maioria dos pacientes (77,8%) não iniciou tratamento ao diagnóstico. Houve 5 (13,9%) óbitos. A região do Alto Vale do Itajaí está localizada no centro do estado de Santa Catarina composta por 32 municípios e o maior deles é Rio do Sul que detém o maior número de acometidos com a doença. Houve a mesma proporção de casos entre os sexos, o que diverge de outros estudos dos quais o sexo masculino é predominante. A média de idade corroborou com a literatura de cerca de 70 anos. Dentre as condições genéticas estudadas, há a deleção 17p, que está associada a curto tempo de sobrevivência e prevê uma resposta fraca à quimioterapia, foi encontrado 4,34% dos pacientes que coletaram o exame de mutação genética com esta mutação o que corrobora com a literatura da qual se espera 5-8%. Além disso, houve associação estatisticamente significativa desta deleção com óbito dos pacientes. A mutação IGVH está relacionada com um curso clínico lento. Espera-se que 50% dos pacientes tenham IGVH não mutado conforme a literatura, corroborando com o estudo, quando analisadas as proporções dos pacientes com exames coletados. Conforme os sistemas de estadiamento obteve prevalência de BINET A, que indica linfocitose em menos de três áreas de acometimento linfoide, sendo semelhante aos estudos de Braga, Silva e Lopes, e divergente do estudo de Adalgisa do qual houve prevalência de BINET B, havendo, assim, conflitos em diferentes regiões. Obteve se prevalência de RAI 0, indicando linfocitose isolada sendo semelhante ao encontrado por Gonçalves e Adalgisa. O escore de LCC- IPI é um escore mais abrangente em termos de dados coletados do paciente, houve prevalência do escore de alto riscoapresentando divergências com os estudos de Adalgisa, Novas. Mais da metade dos pacientes eram BINET A e RAI 0, por se tratar de um estágio mais precoce da doença é recomendado a vigilância do paciente, assim, não se deve iniciar o tratamento com quimioterápicos o que corrobora com este estudo do qual 77,8% dos pacientes não iniciaram o primeiro tratamento. Em relação aos óbitos, espera-se que pacientes com deleção 17p tenham sobrevida de 2-5 anos, e como o estudo levou em consideração diagnósticos realizados de 2017 até 2020, o paciente que foi a óbito se correlaciona a literatura. Pacientes com IGVH não mutado, espera-se uma mediana de sobrevida em torno de 8 anos, tendo este estudo 3 pacientes dos quais a sobrevida não se correlacionou com a expectativa, além disso, com a mutação IGVH espera-se sobrevida que pode exceder 20 anos não sendo compatível com o que foi obtido na pesquisa. Dessa forma, o perfil epidemiológico dos pacientes com LLC na região do Alto Vale do Itajaí apresenta-se singular, aqueles com mutações agressivas apresentaram menor tempo de sobrevida, pela característica mais agressiva da doença nessa população, conforme descrito na literatura.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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