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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S12 (Outubro 2021)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO EM PACIENTES IDOSOS NO ESTADO DO PARÁ
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PPC Assayag, GSC Reis, AJME Silva, AL Silva, EN Pinheiro, LMS Castro, LO Mota, PGN Gonçalves, RMPD Santos, AVSVD Berg
Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
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Objetivos

Determinar o perfil epidemiológico de idosos internados por anemia por deficiência de ferro no estado do Pará, além de determinar a faixa etária, o sexo e a raça/cor mais prevalente nos casos de anemia ferropriva através dos dados de internação.

Material e métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, transversal e retrospectivo, realizado por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), especificamente pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) com os dados referentes ao período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020. Os dados foram organizados e devidamente analisados.

Resultados

De acordo com os dados disponibilizados pelo DATASUS, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, foram constatadas 628 internações motivadas por anemia por deficiência de ferro, em pacientes com idade a partir de 60 anos, o que corresponde a 32% do total de internações ocorridas, sendo a faixa etária com maior incidência a de idosos entre 60 e 69 anos (36%). Ademais foi possível observar que os pacientes mais acometidos (54%) eram do sexo masculino. No que concerne à cor/raça dos indivíduos diagnosticados com a doença, 69,5% destes eram pardos, seguidos pela raça branca (4,7%).

Discussão

A anemia é uma enfermidade com grande impacto na qualidade de vida de idosos acometidos, com aumento do risco de quedas, de declínio cognitivo, aumento do tempo de hospitalizações e da mortalidade. A incidência de anemia por deficiência de ferro é um assunto que levanta preocupação, por se tratar de uma doença comum em crianças, mas que também pode ser incisiva na faixa etária dos idosos, principalmente nos que residem em instituições de longa permanência. Assim, percebe-se uma discrepância no perfil epidemiológico de acordo com o nível de atenção na qual os pacientes com anemia ferropriva são atendidos, sendo a doença mais presente em crianças no dia a dia ambulatorial e na prevalência de maneira geral, no entanto, quando se trata de internações pela doença, os resultados deste pesquisa demonstram que estas são mais comuns em faixas etárias mais avançadas. É válido ressaltar também que, considerando a realidade brasileira, há uma grande quantidade de casos não diagnosticados ou de ausência de investigação etiológica da anemia, o que dificulta a apreensão geral de dados fidedignos. Coloca-se também a carência de estudos epidemiológicos no Brasil acerca dos dados da anemia ferropriva, o que dificulta uma associação direta das variáveis com a doença e a comparação com estudos anteriores. Sendo assim, nota-se a necessidade da realização de estudos mais amplos que associem as variantes epidemiológicas a doença de maneira mais exata.

Conclusão

Tendo em vista os dados obtidos através do DATASUS, pode-se afirmar que dentre as internações ocorridas no estado por anemia ferropriva, 32% delas ocorreram na população idosa e essa informação possui relevância epidemiológica, visto que tal estado pode provocar um declínio na qualidade de vida do paciente. Por isso, faz-se necessária a elaboração de novas pesquisas abordando este tema.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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