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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S400-S401 (Outubro 2021)
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PERFIL DE ANTICORPOS IRREGULARES ANTIERITROCITÁRIOS EM DOADORES DE SANGUE DO HEMOPE RECIFE
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LR Lima, DN Amaral, MSS Cardeal, DKMF Silva
Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife, PE, Brasil
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Este estudo teve como objetivo descrever a prevalência e perfil de anticorpos irregulares antieritrocitários em doadores de sangue do Hemope Recife no ano de 2018. Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Utilizou-se a técnica em microplaca, através do equipamento PK 7200. Os resultados positivos ou duvidosos foram repetidos pela técnica em gel centrifugação manual. Os testes pré transfusionais preconizados por legislação para triagem laboratorial de doadores de sangue, além dos exames que detectem marcadores para doenças infecciosas transmissíveis, incluem exames imuno-hematológicos. Para qualificação do sangue do doador, estão incluídas tipagens ABO/RhD e pesquisa de anticorpos irregulares (PAI). Seu objetivo é identificar o máximo possível de anticorpos dirigidos a antígenos eritrocitários, especialmente os com significância clínica. De modo geral, trata-se de imunoglobulinas que reagem bem a 37°C e/ou no Teste da Antiglobulina Humana (AGH), conhecidos por gerar reações transfusionais graves. Todas as imunoglobulinas possuem caráter significativo na medicina transfusional, no entanto, a IgG, IgM e IgA são mais importantes. Grande parte dos anticorpos de significância clínica que reagem bem a 37°C, são da classe IgG isotipos, onde suas diferenças funcionais estão relacionadas com a habilidade de ativar o complemento e atravessar a placenta. A importância clínica dos anticorpos antieritrocitários depende de fatores como imunogenicidade, incidência clínica do antígeno e episódios clínicos que o envolvam. Apesar de vários estudos focarem nos anticorpos identificados em pacientes, poucos estudos pesquisam a realidade destes anticorpos nos doadores de sangue, mesmo esta análise sendo obrigatória para todos os doadores em todas as doações, e quando positiva, demandar condutas hemoterápicas específicas. Foram analisados resultados de 81.354 doadores que se apresentaram ao hemocentro no período entre 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2018. Foram encontradas 71 PAI positivas (0,09% do total). Destes, 44 (62%) foram aloanticorpos identificados, enquanto que em 27 (38%) dos casos positivos, correspondeu a anticorpos de especificidade não identificada. Dentre os 44 anticorpos identificados, os que apresentaram destaque por maior percentual foram o Anti-M (13, 30%), seguido pelo Anti-D (11, 25%). Outros anticorpos que se mostraram presentes foram Anti-Kell (6, 14%), Anti-E (5, 11%), associação Anti-D+C (4, 9%), Anti-N (2, 5%), Anti-Lea(2, 5%) e Anti-Leab (1, 2%). Não foram identificados autoanticorpos. Chamou atenção para a presença de 62% dos anticorpos anti-M se apresentarem com efeito de dose. O conhecimento da prevalência e perfil de anticorpos encontrados em doadores de sangue contribui para estabelecer técnicas adequadas à identificação correta da especificidade e abre discussão para avaliar a importância clínica dos anticorpos frios nas unidades de plasma e plaquetas. Estes achados são relevantes para a conduta hemoterápica em casos de PAI positivas em doadores, pois percebe-se diferentes destinos para estes hemocomponentes, desde o descarte de todos os componentes sanguíneos, até aplicação de técnicas que permitam a utilização do concentrado de hemácias.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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