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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S549 (Outubro 2023)
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PERFIL DA MOBILIZAÇÃO E COLETA DE CÉLULAS CD34+ EM PACIENTES PARA TRANSPLANTE AUTÓLOGO EM UM INSTITUTO FEDERAL
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MPN Abrahão, EAE Silva, ETS Leite, AS Costa
Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução e objetivos

A coleta das células CD34+ para transplante autólogo é possível através da administração de agentes mobilizantes como o Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos (G-CSF) associado ou não ao Plerixafor, a depender da quantidade de células CD34+ em Sangue Periférico (SP). Em casos selecionados, há ainda a possibilidade da utilização de quimioterápicos. Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil da mobilização e coleta de Células Progenitoras Hematopoiéticas do Sangue Periférico (CPHSP) para Transplante de Medula Óssea (TMO) autólogo.

Materiais e métodos

foram analisados os registros das coletas de CPHSP por aférese em máquina de fluxo contínuo dos transplantes autólogos no período de janeiro de 2021 a maio de 2023, utilizando estatística descritiva para análise dos dados. Foram consideradas adequadas as coletas que alcançaram o mínimo de 2,0×106 células CD34+/kg no produto final. Adotou-se o critério de ≥10 células/mm3 em SP para início de coleta.

Resultados

foram realizadas 102 coletas em 97 pacientes entre D4 e D5 de mobilização, sendo 55,6% do sexo masculino e 44,3% do sexo feminino. A maioria dos pacientes encontrava-se na faixa etária de 40‒59 anos (34%), seguido de 18‒39 anos (30,9%), ≥ 60 anos (25,7%) e < 18 anos (9,2%). As patologias mais prevalentes foram Mieloma Múltiplo (39,2%) e Linfoma de Hodgkin (28,4%). Das 102 coletas, 59% utilizaram G-CSF e 41% G-CSF + Plerixafor. Com relação às doenças mais frequentes, 41,3% dos Linfomas de Hodgkin e 65% dos Mielomas Múltiplos utilizaram apenas G-CSF. Dentre todas as coletas, daquelas que utilizaram apenas G-CSF, 46 (45%) alcançaram o número de células desejadas de CD34+/kg em uma única coleta, 7 (6,9%) necessitaram realizar uma segunda coleta e 2 (2%) uma terceira. No entanto, 5 (4,9%) coletas não alcançaram o alvo no produto final, sendo 1 suspensa por ser uma coleta complementar (segunda mobilização do paciente) e 1 pelo COVID-19. No grupo que utilizou G-CSF + Plerixafor, 26 (25,5%) atingiram o alvo na primeira coleta e 6 (5,9%) numa segunda. Não alcançaram o alvo na primeira coleta 5 (4,9%), tampouco na segunda coleta (4,9%). Das 15 coletas que não atingiram o estabelecido para o produto final, 6 apresentaram valores próximos ao alvo, viabilizando o transplante.

Discussão

A maioria dos pacientes eram jovens (40‒59 anos) e, dentre as doenças, o mieloma múltiplo foi a entidade mais frequente. Apesar de 85,3% das coletas do estudo alcançarem o número de células desejadas no produto final coletado, 95,8% (93) dos pacientes conseguiram realizar o TMO. O grupo que utilizou apenas G-CSF teve êxito em 53,9% quando comparado àquele que associou G-CSF e Plerixafor (31,4%). Isso pode corroborar a dificuldade deste último grupo em alcançar o mínimo de células periféricas para dar início à coleta, sendo considerados pacientes “maus”respondedores.

Conclusão

Observamos um número considerável de coletas (41%) onde se fez necessário o uso de um segundo agente mobilizante e, ainda assim, apresentando falha de mobilização em 23,8% destas. Os dados ora apresentados merecem melhor entendimento quanto à interação da patologia de base, os tratamentos prévios e os mecanismos dos agentes mobilizantes.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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