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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S227-S228 (Outubro 2023)
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OS DESAFIOS DO TRATAMENTO DA LEUCEMIA AGUDA EM TESTEMUNHA DE JEOVA
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JMD Nascimentoa, LC Afonsoa, MJMD Nascimentob, NP Rodriguesb
a Hospital Regional do Câncer de Passos (HRC), Passos, MG, Brasil
b Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves (UNIPTAN), São João del Rei, MG, Brasil
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HEMO 2023

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Objetivo

Pacientes que negam hemotransfusões enfretam grandes desafios na busca por centros que aceitam tratá-los e se deparam com situações de riscos ainda maiores de sangramento e anemia grave, diante da recusa do sangue e hemoderivados. Relatamos um caso atendido no HRC, após ser recusado em três serviços próximos de sua cidade de origem.

Materiais e métodos

J.E.Z, 57 anos, previamente hígido, procedente de Araxá-MG, pertencente a religião Testemunha de Jeová, deu entrada em nosso serviço com astenia, palidez e taquicardia, apresentando anemia (Hb 8,0), plaquetopenia (12.000) e leucócitos em contagem normal, com 74% de blastos em sangue periférico. Colhido imunofenotipagem, cariótipo e biologia molecular de medula óssea. Confirmado Leucemia Linfocítica Aguda B, Ph- e cariótipo nomal. Realizado procotolo GRAALL para idoso.

Resultados

Durante indução, apresentou neutropenia febril, anemia grave (Hb 4,0) e plaquetopenia menor que 10.000 por mais de 20 dias e hemartrose em joelho esquerdo. Foi respeitado a decisão de não transfundir. Após indução, recuperação medular com remissão morfológica e pesquisa de Doença Residual Mínima (DRM) negativa.

Discussão

Diante da impossibilidade de transfundir e por se tratar de LLA Ph-, optamos por um esquema menos agressivo. Familiares e paciente cientes da gravidade, da possibilidade de óbito e de falha ao tratamento. Manteve o esquema e ficou clinicamente estável, retomando seu cotidiano.

Conclusão

Há uma escassez de dados, estudos e relatos de tratamento de pacientes testemunha de jeová. A Comissão de Ligação com Hospitais (COLIH) oferecem suporte aos médicos e ao serviço de saúde, mas não demonstraram experiência no assunto e a decisão foi baseada na conversa com os familiares, expondo riscos e benefícios. Não utilizamos alfapoetina, mas prescrevemos o G-CSF. A dificuldade em lidar com uma prática incomum na hematologia, a falta de dados na literatura e o temido processo judicial dificultam a conduzir esses caso e, por isso, esses pacientes tem pouco acesso aos serviços de onco-hematologia.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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